Nós leigos, até certo ponto, ficamos sequer estarrecidos com o voto proferido pelo relator, mas sim do revisor no processo mensalão, haja vista, os implicados estarem sendo derrogados não só pelos pareceres de seus julgadores, como também da mídia “desinteressada” e da própria opinião pública.
O relator julga atos por demais esclarecidos na ilicitude dos fatos, no decorrer desses sete anos passados. Já o revisor, na condição de “defensor” dos réus, os inocenta sob uma retórica que fez até Aristóteles se arrepiar em seu túmulo. Um autêntico bla, bla, bla, como na justificativa esdrúxula de que, como foi a esposa de João Paulo Cunha que foi ao banco retirar a quantia de R$ 50.000,00, não o implicaria, pois assim o seria se tivesse enviado um laranja qualquer.
Isto nos faz crer que a declaração do ex-presidente da República, Luiz Inácio da Silva, o Lula, estava certa quando afirmou que as ações ali praticadas de peculato, lavagem de dinheiro e corrupção passiva, são atos “banais” dentro de qualquer esquema político.
Com esse voto, e acredito de outros possíveis aconchegados, nos farão crer que de fato continuaremos com essa prática inglória de nossa política.
Se essa “coisa corriqueira” foi delatada, e por demais comprovada através dos autos, como poderíamos aceitar, a uma altura dessas, a sua impunidade, pois aí sim, estaríamos condenados a viver sob a pecha de uma verdadeira republiqueta.
Agora, só nos resta acreditar que nos rituais da justiça seja definitivamente, usando uma expressão lingüística popular, colocado o PRETO NO BRANCO.
Abraços do Gigi |