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Carlos Alberto Mano Prieto - ( Gigi)

contato: carlosprieto@giginarede.com.br

   
A saga corinthiana
 

Venho de há muito na busca incessante do entendimento desse frenesi que a MASSA tem pelo time do Esporte Clube Corinthians Paulista. Até ironizei por diversas vezes comparando ao estudo feito pelo inglês Higgs sobre a origem do átomo, e propondo àquela ocasião que eles deveriam fazer o teste do Big Bang, no Parque São Jorge. Aí sim, definiríamos, de uma vez por todas, a origem da MASSA.

Por outras vezes, cheguei até a investigar através de estudo social para entendê-la, e cada vez me complicando mais. Se, de fato, recorrermos no seu íntimo, veremos que existem, na verdade, “n” parâmetros que poderíamos associar à idéia do porque desse fanatismo; uma delas seria “mulher de malandro gosta de apanhar”, “pobre, mas feliz”, enfim, citaríamos uma gama de clichês.

Lutaram e muito durante este seu centenário na conquista do galardão máximo que qualquer time de futebol almeja, e finalmente  conseguiram. Não importa aqui a forma como foi produzida, o que vale é que  hoje ostentam com orgulho o título de Campeões do Mundo. Esta, de fato, é a sua saga. Portanto, gabam-se ao se igualarem a santistas, são-paulinos, flamenguistas, gremistas e colorados.

Por todo o cartel de vitórias e títulos conquistados durante estes cem anos, contribuíram inúmeros craques, desde a sua fundação, em 1910. Somente em 1913 é que participou do campeonato oficial, que por sinal teve um início brilhante, sendo campeão invicto em 1914 e 1916, (não disputou em 1915), sendo notório o fato que só veio a perder uma partida de futebol, pela primeira vez, no ano de 1917. Nesta década, teve  como seu astro maior e inscrito no panteão do Parque São Jorge, o jogador NECO (Manoel Nunes).

Na década de 30, não poderia deixar de citar outra estrela, TELECO (Uriel Fernandes), artilheiro que alcançou uma fantástica média de l,02 gols por partida, sendo o recordista na artilharia do Campeonato Paulista por cinco vezes.

Na década de 40, surgiram os três magos: CLÁUDIO (Cláudio Cristovão de Pinho), o Gerente, LUIZINHO, (Luiz Trochillo) o Pequeno Polegar e BALTAZAR (Oswaldo Silva), o Cabecinha de Ouro. Não posso esquecer de citar, embora tenha vindo para o Corinthians com seus 31 anos, aquele que fez parte da seleção de todos os monstros sagrados do futebol: DOMINGOS DA GUIA – O Divino Mestre, considerado pela grande maioria como o maior zagueiro da historia do futebol.

Na década de 50, juntou-se ao trio acima que se estendeu também por esta década, o jogador GYLMAR (Gylmar dos Santos Neves), o Girafa, considerado não só o melhor goleiro do Corinthians como também um dos melhores do Brasil e do mundo.

Na década de 60, surgiu RIVELINO (Roberto Rivelino), considerado o jogador mais técnico do Corinthians, tanto que recebeu do jornalista Antônio Guzman - do extinto Diário da Noite - o apelido de Reizinho, pois já existia sua majestade o Rei Pelé.

Na década de 70, juntou-se a ele Rivelino, o Cavalo de Aço – ZÉ MARIA (José Maria Rodrigues Alves). Tricampeão mundial pela seleção brasileira em 1970 sendo o reserva de Carlos Alberto Torres. Era tão querido pela MASSA que o elegeu vereador com 33.000 votos.

WLADIMIR (Wladimir Rodrigues dos Santos) foi o jogador que mais vezes vestiu a camisa do Corinthians e ostenta o maior número de jogos consecutivos (161). Politizado, sempre esteve à testa das reivindicações dos jogadores, chegando à presidência do Sindicato dos Jogadores Profissionais e do movimento Democracia Corintiana, junto com Sócrates e Casagrande.

BASÍLIO (João Roberto Basílio), consagrado pelo gol histórico que deu o título ao Corinthians em 1977 contra  Ponte Preta. Carismático, acabou sendo treinador do time por três vezes nos anos de 1987, 1989 e 1992. Na busca do título que já se distanciava no tempo, contratou-se vários craques como Almir (1960), Garrincha (1966) e Paulo Borges 1968), mas foi com PALHINHA (Vanderley Eustáquio de Oliveira) que o time saiu do jejum de 22 anos e sagrou-se campeão em 1977.

Na década de 80 (advindo dos finais dos anos 70) iniciaram: BIRO BIRO (Antonio José da Silva Filho), o Coringa, que pelo seu espírito guerreiro a MASSA o carregou no colo como seu ídolo, por quase dez anos. Era tanto o seu prestígio que, em forma de protesto, 60.000 mil pessoas votaram nele para Deputado Estadual sem que fosse candidato.

SÓCRATES (Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira), o seu futebol era tão grande quanto o seu nome. Formado em medicina, tornou-se doutor fora e dentro do campo. Craque indiscutível. O único jogador do Corinthians contratado para a Seleção Brasileira em 1982. Pela sua inteligência comandou um movimento em favor dos atletas o qual se deu o nome de Democracia Corintiana. CASAGRANDE (Walter Casagrande Junior) o Casão, se entendia perfeitamente com Sócrates, também muito querido pela torcida.

Na década de 90 (advindo também dos finais de 80), RONALDO (Ronaldo Soares Giovanelli) foi titular no gol do Corinthians por dez anos, atingindo a terceira melhor marca de jogos disputados (600), perdendo só para Wladimir (805) e Luizinho (604), e ainda mantendo a incrível baixa média de gols sofridos (0,94) por jogo. Enquadrava-se tão bem no espírito da MASSA que acabou sendo expulso de campo por uma dúzia de vezes.

NETO (José Ferreira Neto) o Eterno Xodó, assim batizado pelos jornalistas Renato Nalesso e Fabrício Bosio. Ídolo incontestável da MASSA  pela conquista do primeiro campeonato brasileiro. DINEI (Claudinei Alexandre Pires), não poderia deixar de citá-lo, tendo em vista ter sido o único jogador três vezes campeão brasileiro pelo Corinthians.

MARCELINHO (Marcelo Pereira Surcin), mais conhecido como Marcelinho Carioca por ter nascido no Rio de Janeiro e ter vindo do Flamengo em 1994. É possuidor do maior número de títulos conquistados pelo Corinthians (10). Estrela principal da promoção “Eu vou jogar no Paulistão/98” da Federação Paulista de Futebol no 0900 – Disk Marcelinho ao custo de três reais e como 62,5% dos telefonemas eram de corintianos, ele acabou voltando para o Timão. Escolhido como elemento símbolo do centenário.

Na década de 2000 – DIDA (Nélson de Jesus Silva), outro que caiu nas graças da torcida e querido até hoje, embora esteja jogando no Milan da Itália. Excelente pegador de pênaltis. Aguardado até com certa ansiedade o seu retorno mesmo com os seus 37 anos. TEVEZ (Carlos Alberto Tevez), advindo da conturbada parceria MSI, talvez tenha sido o ídolo de período mais curto na história do clube. Vindo do Boca Junior da Argentina, conquistou pelo seu espírito de luta o coração da Fiel. Fato curioso foi quando o técnico Leão o tirou de capitão alegando que ninguém entendia o que ele falava (caiu como uma luva para o Beto Hora, do programa Na Geral, da Rádio Bandeirantes).

RONALDO FENÔMENO (Ronaldo Luiz Nazário de Lima), foi uma das maiores jogadas de marketing no futebol brasileiro. Falar dele é chover no molhado. CRAQUE com letras maiúsculas. Ele atende a um velho chavão entre boleiros: “ele pode jogar com 200 kilos e sem os dois joelhos que mesmo assim será o melhor”. Claro que tudo tem um limite, mas na verdade a sua vinda conseguiu agradar até as torcidas adversárias.

E, finalmente, ROBERTO CARLOS. A transmissão de força e energia dessa magnífica MASSA fez com que grande parte da crônica esportiva o indicasse para ser convocado para a seleção de 2010.

Outras tantas façanhas foram gravadas nos anais, como por exemplo, ter sido o único time brasileiro a vencer o Dream Time , da época o Torino da Itália, que veio excursionar pelo Brasil na condição de tetra campeão italiano. Após o desastre aéreo, no qual desapareceu todo o time do Torino, o Corinthians, em sua homenagem, promoveu um jogo amistoso contra a Portuguesa Desportos e vestiu a camisa grená com o escudeto da Itália.

Este é apenas um apanhado dessa história brilhante e também um referendo a essa intrigante MASSA que vibra e incentiva o time a qualquer custo. No fundo, sou réu confesso pela inveja que ela me dá.

PARABENS - TIMÃO 

Abraços do Gigi

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