Os jogadores do Santos terão que se apressar para entrar em campo se o clube quiser parar de ter prejuízos. Depois de levar multa de R$ 4 mil na última segunda-feira, dia 1 de março, por conta de atrasos no jogo contra o Bragantino, o Peixe voltou a estar na pauta de julgamentos do Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo (TJD/SP), e novamente por atraso, desta vez no clássico contra o Corinthians, na Vila Belmiro, na última rodada do Campeonato Paulista.
O jurídico do Santos terá que defender o clube na próxima segunda-feira, dia 8 de março, em sessão do TJD/SP, que terá início às 18h, na sede da Federação Paulista de Futebol. O clube foi enquadrado no artigo 206 (Dar causa ao atraso do início da realização de partida, prova ou equivalente, ou deixar de apresentar a sua equipe em campo até a hora marcada para o início ou reinício da partida, prova ou equivalente), combinado com o artigo 30 § 2° do Regulamento Geral das Competições, onde cita que os clubes devem entrar com no máximo oito minutos de antecedência do horário marcado para o início do jogo, e retornar a campo no máximo dois minutos antes do horário de reinício.
O atraso foi relatado pelo árbitro José Henrique de Carvalho na súmula da vitória santista sobre o Corinthians, por 2 a 1, no dia 28 de fevereiro. Com partida marcada para as 17h, o time mandante deveria ter entrado em campo até 16h52, mas isso só acontece às 16h56, ou seja, com quatro minutos de atraso. Além disso, na volta do intervalo, o Santos deveria estar em campo até 18h06, mas o time só entrou dois minutos depois.
Contabilizando seis minutos de atraso no total, o Santos pode acabar multado de R$ 600 a R$ 6 mil, já que a pena para este tipo de infração varia de R$ 100 a R$ 1 mil por cada minuto de atraso.
E se o Santos não escapou da denúncia por atraso, ao menos momentaneamente não irá responder por objetos arremessados no gramado da Vila Belmiro, e que foram relatados pelo árbitro. Um pedaço de madeira foi lançado contra o goleiro do Corinthians, Felipe, sem que o atingisse, aos 17 minutos de jogo. O fato ocorreu pouco depois que o arqueiro defendeu pênalti cobrado por Neymar. Aos 34, um chinelo teria sido arremessado novamente em direção ao camisa 1 do Corinthians, também sem acertá-lo, logo após o Santos marcar seu primeiro gol.
O árbitro José Henrique de Carvalho disse não saber de onde ocorreram os arremessos, se vindos da torcida do Santos ou Corinthians. Provavelmente em função disso, nenhum dos clubes ficou responsável pelos fatos, que poderiam gerar multa pesada e a perda de mandos de campo.
Fonte: Justiça Desportiva |