Em 1949, ajudou a fundar o Vila Atlântica Futebol Clube e foi a partir daí que nasceu a sua grande paixão pelo clube. Foi tesoureiro, presidente, secretário, diretor de esportes e jogador "curinga", como ele mesmo se define.
No Vila Atlântica podia ser comparado com o jogador Lima do Santos F. Clube, pois atuava em quase todas as posições. Se lhe faltava técnica, sobrava raça e disposição (suas maiores características) para defender as cores grená e branca do seu time de coração. Com essa postura, tornou-se um ídolo de sua torcida.
Além dos clubes citados, Né não desprezava jogar partidas de futebol por outras agremiações. Jogava no Grêmio São Luiz e no Sub-Estação 8, sem nunca prejudicar a sua participação nos jogos do Vila Atlântica, seu time preferido.
Quando perguntei sobre quem seria o melhor jogador ou time varzeano da época, me disse ser quase impossível apontar qualquer um que seja, pois havia uma quantidade enorme de bons times e jogadores. Por exemplo: quando jogava pelo Sul América F.C eles eram quase imbatíveis em seu campo, tanto que usavam uma expressão muito comum à época: “britador da várzea”. Portanto, não havia um visitante, sequer, que não fosse “britado” em suas hostes.
Funcionário aposentado da Codesp, atualmente, além de atleta, é técnico da Seleção Santista de Malha. Participou de vários Jogos Abertos de Interior, conquistando por duas vezes o título de campeão, e por três vezes vice-campeonatos. |