Um apelido que lhe cairia bem seria o de pequeno polegar, já que façanhas das mais gloriosas não lhe faltaram.
Um coringa de mão cheia. Executava com perfeição todas as funções que lhe eram atribuídas. Como atacante, embora pequeno, ousou ser artilheiro em diversas ocasiões, e como pai de família também não negou “fogo” como dizemos na gíria, um autêntico matador, tanto que teve oito filhos com Marlene Fraga Ribeiro da Silva, do qual se orgulha muito por ter mantido todos sob suas rédeas. Lamenta muito a morte de sua esposa Marlene, mas não nega a intensa felicidade vivida durante os quarenta anos que passaram juntos.
Dentre todos os ícones da várzea, não se faz diferença ao colocá-lo com todo mérito nesta galeria de craques, tanto que se fizermos uma enquete de qual o melhor jogador da várzea da Baixada Santista, com certeza estaria no agrado de muitos.
Déo, como todos o tratam, possui um dos currículos mais invejados, que poderá ser visto no acervo dessa sua história, pelos inúmeros títulos conquistados. Embora muito requisitado por Carlito Roberto(A. A. Portuguesa Santista) e por Filpo Nunes(Jabaquara A.C.) para jogar no profissional, não teve a felicidade devido à chamada canseira que diretores aplicavam a época para assinar um contrato.
Mesmo assim ainda tentou jogar pelo Inhumas do Estado de Goiás, mas, como sua esposa já esperava pelo quarto filho, teve então que decidir pela escolha de um emprego mais sólido, o que acabou voltando para Santos e se empregando no Banco da Economia.
Ainda depois de aposentado, trabalhou por muito tempo com meu amigo, o saudoso Valdir da Casa das Tintas, que comandava o time do Vasco da Gama nos torneios internos do Clube de Regatas Saldanha da Gama.
Como vocês se apercebem este é mais um dos inúmeros casos de desistência do futebol profissional por necessidade de se ter um emprego mais seguro, devido existir naqueles tempos preconceito quanto a jogar futebol, pois era considerado pela sociedade mais elitizada, uma atividade pouco promissora.
Deodato nasceu em Santos, no bairro do Macuco, no dia 8 de setembro de 1943, e hoje tem a felicidade de ainda jogar pelos poucos campos que restaram de nossa várzea, com alguns de seus filhos. Torcedor da Sociedade Esportiva Palmeiras, que por sinal, havia um jogador do passado chamado Dudu que faz lembrar muito bem a sua maneira de jogar. |