Certa vez, jogando no Maracanã pelo Grêmio São Luiz, destacou-se de tal forma que despertou interesse do Flamengo, mas acabou dando preferência ao Santos F.C. Como naquela época jorrava jogador pelo ladrão, optou por ser jogador titular no Jabaquara A.C.
Um orgulho seu é o fato de ter se defrontado, pelo Campeonato Paulista, contra todas as feras dos times grandes como: Mauro Ramos de Oliveira, De Sordi, Olavo Martins, Djalma Santos, Waldemar Fiúme, Geraldo Scotto, enfim, uma gama de craques de fazer inveja a qualquer um.
Naquele tempo, o estado do Paraná importava muito de nossos jogadores, então Jorginho acabou sendo contratado pelo Rio Branco Sport Clube de Paranaguá. A saudade bateu forte e lá veio Jorginho para os braços de papai e mamãe. Na verdade, veio pelo mesmo motivo da maioria: trabalhar e ajudar a família. Assim, arrumou emprego na Cia. Docas de Santos e para alegria de todos jogou pela nossa várzea por vários clubes.
Além de tudo, tornou-se um cara carismático no nosso meio, sendo muito querido por todos. Outro porém, é que não houve um careca sequer em Santos que não tenha comprado chapéu de sua própria confecção. A vantagem é que eram chapéus multicolores, porque bastava chover e pronto, mudava de cor.
Aproveito a oportunidade para divulgar que estou armazenando dados na preparação de um trabalho, visando homenagear todos os treinadores de nossa várzea, uma vez que Jorginho fez questão de que eu citasse os nomes dos treinadores com os quais foi comandado, a saber:
Futebol varzeano: Manduca, no Vasco do Macuco; Passareta e Carvalhal, no XI Santista do Macuco; Danilo, no Grêmio São Luiz; Álvaro, na A.E Portuários e Lopes, na S.E Santa Cecília.
Futebol profissional: China, Ernesto e Lula no Santos F.C.; Beracochea na A.A. Portuguesa Santista; Filpo Nunes no Jabaquara A.C. e Hélio Alves, no Rio Branco Sport Clube de Paranaguá.
Hoje, Jorginho está aposentado e vive no convívio de muitos varzeanos, aos domingos de manhã no Brasil F.C. |