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Desportista comunicativo, respeitado e querido por todos os militantes nas diversas modalidades em que praticou como o voleibol, basquete, futebol de campo, society, salão e pesca. Noé Masch sempre foi fiel aos princípios do amadorismo e se dedicou de corpo e alma à prática do esporte.
Para justificar a sua fama, foi campeão por todos os clubes em que disputou tamanha sua paixão pelo esporte.
Noé Masch, iniciou sua carreira esportiva na Associação João Otaviano dos Santos (Escolástica Rosa), pelas mãos do Professor Gilberto Cassatti. Permaneceu atuante por mais de sete décadas e o seu histórico esportivo é recheado de vitórias. No auge dos 70 anos de idade, conquistou o título de Tricampeão de Basquete, na categoria Hiper Hiper, em Florianópolis-SC. Pelo basquete defendeu as cores de vários clubes como: Santos F. Clube, Brasil F. Clube, Vasco da Gama, Internacional de Regatas, Escolástica Rosa.
Nos Jogos Abertos do Interior, por dez anos defendeu a nossa cidade. Foi técnico de vôlei e basquete de Cubatão, conseguindo o feito de classificar a cidade, pela primeira vez, nos Jogos Abertos do Interior. Amante do futebol, Noé foi um dos goleiros mais destacados do esporte amador santista colecionando uma extensa galeria de campeonatos. Pescador de mão cheia participou de torneios organizados pelo Clube de Pesca de Santos, conseguindo muitas medalhas.
Chefe de família exemplar, além de um companheiro maravilhoso, sempre dedicado e bastante respeitoso, não só com a sua família como também com todos os seus amigos, carregou para dentro do campo esta mesma linha de conduta. Casado com Oneida, mulher de fibra, sempre envolvida com os problemas comunitários, e como poetisa sempre participou dos saraus culturais da cidade.
Com toda sua perspicácia feminina soube ser amiga e companheira, tanto é verdade que o casal completa em dezembro próximo, um convívio de 61 anos de plena felicidade. Têm dois filhos: Marcus, outro expoente dentro do esporte santista, tanto no voleibol como no futebol, e Sônia que se destacou no atletismo santista. Este é um caso que constará da galeria dos "Manos da Bola”, pela hereditariedade esportiva.
Se existe alguém sem nenhuma mácula, com certeza este é o sujeito. Apesar de toda sua fama de atleta de equilíbrio perfeito, Noé, mesmo sendo extremamente espirituoso, já que sempre tem uma piada para contar, é tímido e isento de qualquer máscara. Tanto que foi agraciado por diversas vezes pelos órgãos máximos e pelos clubes em que jogou. E era exatamente aí que Noé enfrentava o seu pior adversário, o microfone. . Pelo exemplo que foi, apesar de ser octogenário, acaba de ser lembrado e homenageado pela Câmara Municipal de Santos, sendo agraciado com a Medalha de Mérito Esportivo.
Amigos íntimos de Noé me confidenciaram que ele é "gato", prova de que com sua habilidade de artesão não encontrou nenhuma dificuldade na construção da sua ARCA e, por sua agilidade, foi fácil juntar toda a bicharada. Outros atribuem a ele, por ser bom entalhador, ter sido o parceiro de Moisés na elaboração das Tábuas da Lei, bem como na confecção de cajados de vários profetas.
Sei que Noé irá tirar de letra esses comentários, e como gozador que sempre foi retrucará com toda sua ironia. Este é um amigo muito especial, um monstro sagrado do esporte amador santista, e com certeza preencherá a minha galeria de "Amigos Fora de Série"
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