A que custo? Vivendo sob um regime e cultura por demais dilapidados pela corrupção como acreditar na inocência de Ricardo Teixeira.
É tanta descompostura neste caso que chego a duvidar da afirmativa de que toda unanimidade é burra, e sim também conveniente.
Sempre agindo “politicamente” frente a todas as federações, onde poucas vezes se defrontou com adversidades, aliás, apenas no ano de. 2000 quando da CPI da Nike, e não fosse à interveniência do carioca – presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, Eduardo Viana, mais conhecido como Caixa D’Água, que o aconselhou à época a desistir do fantasma da renúncia que hoje o rodeia novamente.
Não sei se aconteceria o mesmo como na política, onde o indiciado para não perder o mandato cai fora antes, para retomar depois sob a égide do “jeitinho brasileiro”, isto quer dizer, acaba escapando de um melhor julgamento.
Se de fato acontecer, quem assumiria no seu lugar seria o seu vice, aquele da “medalha” – José Maria Marin. E como ficariam todos aqueles que foram cordatos durante todo o seu mandato. Pelo visto Ricardo deve ter “pisado na bola” e agora sofre reveses.
Pegar o bonde andando a uma altura dessas, as vésperas dos eventos máximos do desporto mundial, seria uma façanha não só inusitada, como de alto risco, haja vista, aquele que larga o poder o faz após 23 anos de total soberania, embora os pretendentes como Del Nero, Weber Magalhães, Rubens Lopes e Novolleto, Peixoto e Schettino (não foi esse que já afundou um navio?) o acompanham de longa data.
A grande tarefa, com certeza, será desfazer os nós dessa emaranhada política da boa vizinhança deixada por Ricardo Teixeira.
Desta feita quem estará fazendo o papel do Caixa D’Água serão os "trocentos" apadrinhados seus.
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E sobre a Libertadores, o Santos vacilou e o Corinthians manteve o seu estigma de "via crucis", embora desta vez parece que os santos com “peninha” estarão ao seu lado.
Flamengo, Fluminense e Vasco, longe das cariocadas se de fato Ricardo Teixeira cair, deverão penar para se classificarem.
E no Paulistão, pelo visto alguém vai tirar o pé da lama após todos esses anos de angústia por um título. Mesmo na base do “chuveirinho”, no preciosismo de Marcos Assunção e na truculência do Felipão, eles provavelmente chegarão lá.
Abraços do Gigi |