É duro cruzar nas ruas com torcedores de outro time que não seja o Santos F.C., após a partida de ontem pela Libertadores.
A dor de cotovelo e a inveja era tanta que a baba escorria pelos cantos da boca.
Assistia ao jogo tranqüilo em minha casa, e no apartamento abaixo do meu ouvia-se uma algazarra daquelas. A princípio, entendi a tal manifestação ser a favor do Santos, mas, eis que me surpreendi ao se lamentarem aos berros pelo gol perdido e o gol anulado do time do Penarol. Logo percebi que era um grupo de Porcos, Gambás e Bambis que torciam desesperadamente pelos uruguaios. Até que é compreensível tal demonstração, tratando-se de clubes regionais que são rivais diretos. Mesmo porque, eu também não rezo nenhuma simpatia por eles.
No dia seguinte, murmúrios e queixas por todos os cantos da cidade, alegando ter sido o Santos ajudado pelo juiz, que o time é ruim, que a defesa do Santos é um deus nos acuda, e o mais absurdo, o cai cai do Neymar nada fez. enfim lamúrias das mais difusas e diversas.
Sei, de cunho próprio, o quanto é ruim sob o calor da paixão ter que engolir o sucesso de um rival. Mas, como diz o ditado: faz parte.
De fato, o que mais incomoda a eles é a evolução desse menino Neymar. Ao ponto de uma grande maioria por despeito, é óbvio, ainda duvidar de sua autenticidade como craque que é, aliás, um termo que hoje fica muito restrito a jogadores que atuam aqui no futebol brasileiro.
No jogo de ontem, a perseguição feita pelo árbitro Amarilla sobre o Neymar me fez lembrar alguns que no passado perseguiam o Pelé, caso do Armando Marques que o desafiava a todo instante. Só que muitos respeitavam sua majestade e engoliam calados os seus xingamentos.
Abraços do Gigi |