E dez acaba... Isto me faz lembrar meu tempo de menino quando jogávamos bola na rua onde o campo era demarcado na distancia entre os postes de luz e, nas peladas do gol caixote na praia, no qual definíamos o placar pelo número de gols pré acordados.
Embora Neymar tenha sido escolhido como o melhor em campo no jogo contra o Bolivar, pela Taça Libertadores, achei que o Ganso fez uma partida estupenda, pelo fato de que chamou para si a responsabilidade do jogo no que concerne a todo bom armador. Fez dois gols e deu duas assistências, e por incrível que pareça apanhou mais do que o Neymar.
Todas as manchetes de jornais mostraram o feito extraordinário do time de Muricy Ramalho como um ato de retaliação pelo sofrido nas alturas.
Neymar, como já se tornou exaustivo afirmar que melhora e amadurece a cada dia que passa, já se identifica com a massa (que me perdoem os corintianos por usar esse termo, emprestado...é claro!), e na sua irreverência, embora às vezes provocativa, mesmo assim traz recordações do futebol mágico do passado. Será que reviveremos o tempo em que nós torcedores do Santos F.C. dávamos a cada jogo na Vila cinco gols de “lambuja”?.
O futebol brasileiro está com sua hegemonia ameaçada pelo futebol moderno, o qual contraria toda filosofia tratada à época em que a bola deslizava mansamente pelo chão e hoje, lamentavelmente, privilegia-se o jogador truculento e, conseqüentemente, protagonista de um festival de jogadas ríspidas, além do tipo de jogo que era o mais criticado no passado, o jogo aéreo.
Portanto, o que falar mais desses dois meninos que estão resgatando o futebol arte, a não ser pedir a Deus que os proteja na sua integridade física para deleite da massa (olha ela aí de novo, desse jeito vou acabar me acostumando).
Abraços do Gigi |