Portanto, o interessante dos temas abordados, quando polêmicos, se tornam mais autênticos quando da sua exposição na prática. O que se discute hoje em dia, em todos os âmbitos devido à síndrome da transparência, é o chamado “bastidores”. Por isso, a Lei Pelé no que diz respeito à transformação dos clubes de futebol em “empresas”, deixa muito a desejar exatamente por sua má aplicação e, no que se refere aos atletas profissionais, criou-se uma clã de intermediários que “alimentam” sobremaneira esse famigerado bastidores. Esse tema é o que realmente preocupa a todos associados de qualquer time de futebol.
Falar, delatar, expor ajudaria com certeza a uma fiscalização mais rígida por parte do conselho. Por sinal, fiscalizar é o grande impasse desse país.
É necessário que se faça alguma coisa para melhor conscientizar os nossos dirigentes sobre o entendimento da própria Lei Pelé. Pelo tempo decorrido e pelos problemas surgidos, acredito que já é tempo para uma readequação às novas práticas de conduta. Disciplina que salvaguardaria tanto os interesses dos clubes como dos atletas numa realidade mais justa.
Utópico ou não, na verdade algo tem que ser feito. Sei que no regime capitalista o dinheiro fala mais alto, mas acho que seria possível haver um controle mais racional desde que os homens se despojem de interesses escusos e se dediquem a causas mais justas e honestas.
O Grupo dos Treze teve a chance de disciplinar essa ganância ilógica dos treinadores, deixando de colocar na “geladeira” os dois pretendentes desses salários absurdos, que absolutamente nenhum outro clube de porte menor seria capaz de tal feito. Portanto, seria uma forma de racionalizar o problema.
Conclusão: a utopia está sim, na consciência daqueles que agem contra os princípios da ética e da moral.
Abraços do Gigi |