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Além disso, procuramos a toda sorte, já “neurotizados” pelo processo, algo mais leve, instrutivo, educativo e divertido. No entanto, nos deparamos, para aumentar mais ainda esta neura, com programas como o tal do BBB, que até me nego a traduzir a sua sigla de tão infeliz que é. Réplica de um reality show americano, aliás, típico de um povo que não tem mais nada o que inventar, ou melhor, digno de quem vem ladeira abaixo.
Peço que vocês façam um teste sobre o que estou afirmando. Liguem em um desses programas imbecis, que, aliás, não são poucos e, por curiosidade, apenas escutem sem ver a imagem. E, como o Ibope está em baixa, já começam a apelar para “sacanagem”. Agora concluam se estou com a razão ou não? Ou será apenas matéria de estudo para os pseudo-intelectuais?
Como ironia ou não, imaginem se pudéssemos vigiar os bastidores de nosso congresso. Aposto que seria imbatível o seu Ibope.
Com isso, criou-se a clã dos "maníacos do controle remoto", com direito a tiques e tudo mais.
Para terem uma idéia do problema, vou contar uma passagem: estava eu numa cafeteria quando ao meu lado um sujeito com o celular em sua mão fazia gestos como se estivesse clicando um controle remoto a cada pedido que fazia. Estendia o braço com seu aparelho celular na mão e dizia: “me dê um cafezinho, por favor”. E assim o fazia a cada pedido seu. Foi aí que o alertei de que aquilo que estava em sua mão era o celular e não o controle remoto. E ele então se desculpou, não pelos seus gestos, mas sim por ter esquecido o controle em casa. Portanto, essa dependência já se incorporou no espírito do tresloucado " clicador": basta cutucá-lo e pronto, clica para todo lado. Este, na verdade, é o elemento mais representativo desta clã.
Abraços do Gigi |