O nosso calendário, pelos campeonatos regionais e pelas demais copas, está totalmente sob critério destituído de lógica, provavelmente no interesse político de cada Estado. Ironizando este fato cabe perfeitamente o refrão da marcha de Jararaca e Vicente Paiva ”mamãe eu quero mamar”.
Necessitamos, portanto, estudar uma forma melhor quanto à escolha daqueles que disputarão as respectivas copas sem atendimento a “choradeira” das federações. Por exemplo, o time do Barueri com boa participação no Brasileirão, sequer irá disputar a Copa do Brasil e assim por diante. Outro absurdo: os clubes melhores classificados no Campeonato Nacional, disputantes da Libertadores, estão fora da Copa Brasil, esvaziando o certame.
Os torneios brasileiros de segunda e terceira divisão são de fazer dó aos times pequenos e pobres. Viagens absurdas sob condições às vezes sub-humanas, no intuito de preservar um sonho de alcançar uma divisão melhor, e na sua individualidade poder resplandecer na aurora do futebol nacional. Abrindo um parêntese sobre este fato, me fez lembrar de quando viajava pelo amador da Burrinha, sob a direção do carismático Papa, e o que nos alimentava era um sanduíche de mortadela acompanhado de uma banana. Refrigerante, nem pensar!
Um tema que se torna preocupante e alimenta o pensamento acima é o mercado super inflacionado de atletas e dirigentes. Isto tudo porque os chamados times grandes, no anseio de se manterem no topo, “topam qualquer parada”, chegando a pagar verdadeiras fortunas a quem sequer vale um níquel, tornando-se, assim, um estopim da corrupção e da inflação.
Tudo, na verdade, é falta de bom senso dos mandatários neste mundo louco onde só o dinheiro é quem manda. Portanto, sob a égide da ganância, muitos valores são renegados, principalmente o do caráter. Com isso as vedetes do mundo da bola deitam e rolam em suas “manias”.
Um caso interessante e que talvez sirva de reflexão foi exatamente o acontecido neste último campeonato brasileiro, onde o técnico Andrade, do clube campeão, o Flamengo, e também outro que poderia ter sido, o Jorginho do Palmeiras, ambos com salários irrisórios na função de técnicos interinos.
Outro parâmetro foi o destaque de dois clubes no campeonato brasileiro, o Barueri e o Avaí, considerados pequenos em nível de Brasileirão, com um folha de pagamento ínfima, mas que suplantaram muitos times considerados grandes.
Abraços do Gigi |