|
A situação agrava-se, cada vez mais, e não vejo nenhuma instituição que rege o nosso futebol tomar qualquer providência.
A necessidade premente de um trabalho de conscientização terá que ser regida pela força de um movimento que poderia chamar-se de “MORALIDADE JÁ”.
Essa desordem de conduta por parte de dirigentes, jogadores e torcedores criou uma nova ordem de reféns. Os diretores por inabilidade acabam sendo reféns não só dos jogadores considerados semideuses, como também, absurdamente, dos chefes de torcida que os intimidam a toda hora. E, finalmente, as maiores vítimas acabam sendo sempre os treinadores.
Quanto a esses considerados verdadeiros nababos da bola, é que se deve fazer uma reflexão melhor. Isto porque, assoberbados de obrigações, deveres e também da manutenção de seu status, acabam como reféns de si mesmos diante de tanta pressão e opinião das mais diversas origens como, imprensa, empresários, família, e no caso mais recente de Neymar, onde toda a nação opinou a respeito de sua vida.
Vejam o grau de complexidade que se firmou. Acho que até mesmo os profissionais da área, como psicólogos e orientadores, devem estar encucados com esse novo comportamento.
O grande problema é a lentidão dos clubes para se transformarem em empresas e agir como autênticos profissionais. E, por não atuarem desta forma, acabam sentindo muito mais.
Pelo menos levantamos a lebre de que algo deve ser feito para haver equilíbrio entre as partes envolvidas – Clube, Jogador e Torcedor.
Alguns poderão questionar tentando trazer à baila o exemplo dos atletas do passado. Mas, não há meios de comparação, tendo em vista a evolução da parte física sobrepujando a técnica. Hoje, com o advento do futebol força, o RESGUARDO (palavra chave do trabalho de conscientização) para alcançar um condicionamento físico adequado é muito maior, e é para isso que chamamos a atenção.
Haveria, de fato, muitas pautas para descrever com mais profundidade sobre o problema em questão. Trazer para discussão coisas que realmente interferem no juízo desses nababos da bola.
A grande realidade é que não conseguimos enxergar o jogador de futebol como um atleta nato, cuja maior preocupação do mercado é expô-lo como um produto associado ao consumo. Portanto, dada a precocidade com que lhes são exigidas as responsabilidades, se estes ainda não têm a mente sã, poderiam preocupar-se ao menos em buscar o corpo são.
Abraços do Gigi
|