Segundo alguns dicionaristas, seria o indivíduo vivaz, ágil, enérgico e, (agora que se torna complicado), astuto, ardiloso, manhoso, enfim aquele que consegue seus intentos muitas vezes se utilizando de ardis, truques e artifícios na conquista de suas metas. Mediante tal afirmativa alguns diriam: “Puxa! Que sujeito esperto”, isto quer dizer, “Caramba! O cara não é mole não! Ou então: “Este fulano leva jeito pro negócio”, ou ainda: “Pô! “Ele tem a manha”.
Afinal, o que poderíamos entender ou decifrar desta bendita palavra. Portanto, o que me parece, a grosso modo, é que aliado a ela vem uma boa dose de malandragem, falta de escrúpulos, descaramento e oportunismo, e se formos à busca destes significados, aí então é que nos decepcionaríamos de vez com seus conceitos.
A esta altura, devem estar se indagando aonde pretendo chegar. Pois bem! Faço isto porque sei o quanto foram prejudicados inúmeras pessoas de boa fé, dotadas de princípios morais e valores éticos, que dentro das normas legais acabaram não atingindo seus objetivos, embora até mais capacitadas, em virtude desses chamados “espertos”. O que não deixa de trazer dentro de mim uma revolta interna e mostrar todo o meu desprezo por muitos atos “escabrosos” pelos quais presenciei por toda a minha vida.
Com certeza, os “sabidos” afirmarão ser recalque da minha parte, mas mesmo assim, não me privo deste desabafo e de demonstrar todo o meu repúdio a estes que usufruem desta artimanha.
Ao longo desses anos todos, tenho vivenciado o desenvolvimento de muitos conglomerados que por boa influência e politicamente bem situados acabam se locupletando.
Sei que teria que me explicar oferecendo mais argumentos para dar ênfase ao meu desafeto, mas o meu intuito não é fazer um tratado a respeito, mesmo porque não teria nem didática e nem desenvoltura para tanto, e sim simplesmente desagasalhar-me deste abafo que me sufoca desde a muito.
Obviamente não posso generalizar todos esses atos, mas fica aqui apenas uma manifestação de que de certa forma eu e muitos brasileiros estamos “espertos” no assunto.
Depois de ter passado por tudo isso, deixo um questionamento: “Até que ponto foram bem sucedidos esses espertos? Teriam eles pago o preço justo pelo seus atos, ou conseguiram sobreviver intactos as suas luxúrias?”
Pelo menos consegui ter uma vida feliz e o sono dos justos, sem dramas de consciência, a não ser aquelas provocadas pela esperteza dos meus pretensos amigos.
Abraços do Gigi |