É realmente curioso como, em tempos de crise, o futebol se destaca acima de tudo, ignorando por completo momentos de alta tensão e preocupação com o ambiente do trabalho.
Isto tudo me ocorreu quando das transações, que julgo inconseqüentes e irreais, praticadas por ele de novo, Florentino Pérez, na ânsia de buscar outra vez um “Dream Time”, ou como chamavam na época de “Os galácticos”. Distorção esta, decorrente do próprio regime econômico.
Creio que, pelo momento em que vivemos, não tenha sido uma boa estratégia, haja vista que o mercado atual de jogadores diferenciados não condiz com o mercado de jogadores do passado. Pelo menos a esses que estão envolvidos nessa última negociação, e usando um termo chulo, afirmo que “não serviriam sequer para engraxar as chuteiras” daqueles.
Poderia citar dezenas de jogadores, não muito distantes, que se enquadrariam nesta minha afirmativa. Mas, no entanto, preservo em minha memória alguns de um passado remoto que sequer ganhavam o equivalente a um salário digno e que foram verdadeiros monstros do futebol como: Antoninho, Vasconcelos, Luizinho, etc, etc, etc.
Hoje, esses pressupostos “galácticos” são mais produtos fabricados pela mídia do que detentores de um real valor. Basta uma boa “roupagem” e o marketing está feito para atender as aventuras dos mais fanáticos. Ou, segundo meu amigo Bob Camis, isso não passa de um comércio paralelo do futebol.
Abraços do Gigi |