paralelo de venda de materiais alusivos à copa se robustece. Não houve uma firma sequer que não tenha instalado em suas dependências um aparelho televisor, com o intuito de não dispensar os seus funcionários e manter sua equipe de trabalho funcionando entre intervalos.
Uma Copa do Mundo realizada fora dos grandes centros, tendo à África do Sul a ousadia de sediá-la a um custo verdadeiramente absurdo, e não sabemos como ficarão após o término do evento. Festa esta, que durante o seu tempo alegrará uma multidão incalculável de afeiçoados do futebol e trará a vista do resto do mundo a história de um povo que até então era conhecido através de um regime político segregacionista, o apartheid, e de seu grande redentor Nelson Mandela.
Vuvuzelas, momozelas e vuthelas, cornetas sopradas com toda energia de um povo que viveu por muitos anos sob um regime de segregação racial. Não sabemos se de fato o som emanado dessas cornetas não será um grito de dor, angústia, ou de alívio e alegria pela queda do regime e a volta de seu líder máximo, Nelson Mandela.
Considerada zebra pela chave difícil em que foi sorteada, e como o povo em geral é chegado a aplaudir sempre os mais fracos, eles com certeza terão o reconhecimento não só pelo esforço para sediar esta Copa, mas também pela simpatia que irradiam.
Como estou escrevendo e assistindo ao jogo de abertura pela televisão, vejo com bons olhos o belo trabalho de Parreira, que, aliás, já foi campeão do mundo comandando nossa seleção. Não fosse a trave, a inocência em alguns lances e, para variar, um erro de arbitragem, teria saído com todo o mérito vencedor desta partida. Portanto, não se admirem se a África do Sul for uma zebra radiante. Afinal, eles merecem.
Abraços do Gigi |