É triste, mas ontem chegamos ao fundo do poço. O futebol brasileiro, tanto quanto o argentino, estão sendo, de certa forma, ridicularizados pela imprensa mundial. Partida das mais medíocres tecnicamente, que contrariou toda uma filosofia de hegemonia do futebol sul- americano.
O ponto culminante, sob uma análise que reflete toda uma decadência da supremacia, foi a contemplação quase unânime dos cronistas ao elegerem Júlio Batista como o melhor em campo. Um jogador de extrema limitação técnica que exibe apenas um físico atlético e, nada mais.
O jogo foi de tal forma tão ruim que até mesmo Robinho e Diego se envolveram no sofrível futebol apresentado. Portanto, gostaria de deixar claro o fato de que esses jogadores que estão se apresentando para estas partidas nada mais são, à nossas vistas, jogadores na sua maioria comuns, com raras exceções. Mas, na ótica dos países em que atuam, são diferenciados por uma clássica: “Em terra de cego quem tem um olho é rei”, mesmo assim, esse olho é para muitos deles vesgo. Na verdade, qualifico como vesga toda a imprensa ontem na escolha do melhor em campo.
O seu Dunga não pode errar naquilo que é elementar e nem básico, por exemplo: a seleção mostrou nitidamente a necessidade de uma qualidade melhor no passe, no entanto ele persistiu com o lateral Gilberto tendo Kleber no banco. Talvez, até mesmo por essa simples observação, seja o motivo de sua degola.
A propósito, qualifico também como um ato vesgo a decisão do Barcelona quanto à dispensa não só do Ronaldinho Gaúcho como também a do Eto'o e o Deco. O privilégio de fazer este tipo de comentário sobre a qualidade de nossos atletas compete tão somente a nós, portanto, achei extremamente absurda a decisão do time catalão quanto à esnobação do nosso craque maior. Sei que é difícil tal comentário face o desconhecimento do chamado “bastidores da bola”, mas, acredito bastar apenas aquele puxão de orelhas e nada mais.
Abraços do Gigi
|