Falar da performance como jogador do goleiro Marcos é, como se diz na gíria, “chover no molhado” de tanto que a mídia positivamente já se manifestou.
Para mim foi o melhor goleiro dos últimos tempos, inclusive deverá figurar na galeria dos melhores do mundo.
Mas, o que mais enobrece a sua condição de atleta é o fato de ter embutido no seu espírito desportista a alma do amador por excelência, enfim, aquele que joga por amor ao clube.
Não existe em toda sua carreira uma mácula sequer se contrapondo a devoção ao único clube que sempre amou e jogou, a Sociedade Esportiva Palmeiras.
Fato é que se negou peremptoriamente a vestir a camisa do Arsenal da Inglaterra, rejeitando uma proposta que nos moldes de hoje seria irrecusável, preservando assim a sua integridade moral.
Falo em ser o último dos moicanos pelo simples fato de que raramente existirá um jogador do presente e futuro que não cederá ao assédio deste mercado, que segue sob a égide de um capitalismo exacerbado e insano, que norteia os bastidores do futebol.
Sob esta ótica, fica muito difícil para os clubes preservarem em suas bases jogadores considerados potencialmente como “pratas da casa” e, quando conseguem tal ousadia, se enroscam na malha financeira e acabam, como o acontecido com o Santos Futebol Clube recentemente, no qual teve que dispensar duas modalidades que gozavam de pleno êxito, não só desiludindo atletas em sua plena formação como desprestigiando o seu próprio cartel de glórias.
Abraços do Gigi
|