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Carlos Alberto Mano Prieto - ( Gigi)

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Perdi a virgindade !

   
boleiros

Lembro-me ainda menino, quando meu pai me levava para assistir aos jogos do Santos Futebol Clube, na Vila. Isso se deu nos anos 50, precisamente em 1955, exatamente no ano de sua ascensão à categoria de TIME GRANDE, consequentemente,  aliando-se ao famoso Trio de Ferro da época, que comandava a Federação Paulista de Futebol.

Portanto, recebi com todo orgulho a faixa que nos uniu, mesmo contra a vontade da maioria dos paulistanos, aos poderosos da capital.

 

E hoje, lamentavelmente, me senti vilipendiado nos meus sentimentos e daquele título, que até então carregava em meu peito com toda pompa de um autêntico e verdadeiro campeão.

No último clássico entre Santos e São Paulo, Muricy,“o masca chiclete", menosprezava e estava convicto de que ganharia a partida a qualquer instante. Infelizmente, Léo esta lá, debaixo da trave, Jorge Vagner não acertava um cruzamento sequer, e Washington "Pé Murcho” encenava uma novela de mocinho e bandido com Dagoberto. Enfim, todos acreditavam que venceriam o jogo.

Mas, o que me deixou triste foi o fato de que, a certa altura da partida, eu não sabia se estava na Vila Belmiro ou em Ulrico Mursa. Pensava comigo mesmo: "será que eu tomei todas esta manhã no "enxuga grama" da ADPM, na companhia do Barata, Bispo, Mima e da rapaziada toda?.

Mancini já me irritava a cada minuto que se apequenava, se encolhia, se acovardava perante aqueles que apenas nos desdenhavam. É certo que o elenco do Santos não é lá essas coisas, mas tampouco  é merecedor de tanta humilhação.

Sei que será difícil a compreensão por parte dos mais jovens que certamente acreditaram na vontade e na garra com que os jogadores se empenharam. Pois aí, está o xis da questão.

Contar com a sorte e a garra e não buscar a excelência já é um prenúncio assustador. Seria um jogo que qualquer garoto em evolução gostaria de "arrebentar", mostrar serviço, por as “manguinhas” de fora e encarar o bom de frente, despejando um chavão clássico entre boleiros: "taí, seu Mané". Exatamente o que Robinho fez em sua estréia.

Portanto, sei que existem dois garotos que teriam esse potencial. As desculpas que, aliás, as considero esfarrapadas, de que ainda não têm físico, falta amadurecimento, de que irá queimá-los,  ou sei lá mais o que, não prioriza de fato, pois acredito ferrenhamente e obedecendo a  uma clássica: "quem é bom já nasce feito". Assim me deixa a dúvida de que será mesmo isso, ou será por medo e interesse de resguardar um "caixa" garantido.

Portanto, com o acontecido neste último domingo, deixa a prova clara de que o interesse de preservar um "caixa alto" para o futuro está acima de tudo.

Me nego, a todo instante, a pecha, como ficou demonstrado, de time pequeno, embora tenha sentido em algum momento que havia perdido a minha virgindade de TIME GRANDE. 

Abraços do Gigi

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