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Araras, Edemil Fernandes Ferreira (65), grande parceiro dentro e fora de campo. Se existe alguém que tira o máximo de proveito da vida, este é o cara. É tão voluntarioso que posso afirmar que é um vampiro da própria vida. Sempre alegre e brincalhão, um bonachão nato. Vaidoso e narcisista ao extremo, tanto que causa inveja a muitos homens pelo seu lado de galã, e também do “gostcho muitcho”. Para provocá-lo, basta dizer duas frases: “Puxa, como você está magro”, ou então, “Você tá ficando careca”, para ele é o fim.
Sua carreira de grande jogador de futebol teve seu início na várzea da cidade de Araras, jogando pelo time Esporte Clube Circulista.
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Como atacante foi impetuoso, audacioso, além de matador. Atingiu seu apogeu ao lado de grandes mestres do futebol como: Zizinho, Canhoteiro, Pelé, entre outros. Fez parte daquele plantel fabuloso do Santos Futebol Clube, na década de 60. Para saber mais detalhes de sua vida profissional, entre no site do Milton Neves clicando aqui.
Defendeu as cores do Bangu do Rio de Janeiro, levado por Castor de Andrade, onde formou uma linha de fazer inveja a qualquer clube, com Paulo Borges, Parada, Araras, Roberto Pinto e Aladim, e, logo depois, na saída de Parada entrou o genial Cabralzinho (62), outro jogador maravilhoso de um estilo incomparável, do qual até eu tive a felicidade de jogar ao seu lado. Outra linha que marcou sua vida foi no Independiente da Argentina, formando ao lado de Bernal, Pastoriza, Yassalde e Tarambine, time que se tornou campeão do mundo, em 1971.
Hoje, Araras enfrenta um adversário cruel, impiedoso, maligno e que não dispensa o sofrimento. Mas, como sabemos que Araras é um guerreiro, vai lutar até o fim e quiçá driblar mais esta jogada, como artilheiro nato que é, como se diz na gíria futebolística, é só correr para o abraço.
Arrojo e coragem nunca lhe faltaram, tanto como empresário que foi na Pap’s Sport, ao lado de seu sócio e amigo Carlos Pierin, o Lalá , como também na bola, tornando-o assim, um amigo “fora de série”. Marcos Seleção (64), que jogou ao seu lado no Bangu, conta um causo de uma partida disputada no Maracanã contra o Botafogo, em que Araras entrando por uma das pontas, desferiu um chute forte atingindo a rede pela sua lateral. Mas, como era cegueta, correu por trás do gol comemorando que nem um louco: arrancou a camisa, subiu no alambrado, mandou beijinhos pra mamãe Helena, pro papai Eliseu e para os manos Ararinha , Edna e Edione, e todos, pacientemente, o aguardavam para o reinício do jogo. Com o tiro de meta, é claro!
Caro amigo, Araras. Não se esqueça que estamos todos na arquibancada da vida torcendo por você. Que Deus o abençoe.
Abraços do Gigi
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