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Com a palavra, Sua Excelência, O Esporte

 
  Boxeadores voltam a Cuba

Versar sobre a minha origem, ou mesmo traçar um conceito a meu respeito é o mesmo que “chover no molhado”, pois todos estão carecas de saber a importância que eu tenho na cultura de um povo. Mas, quero polemizar um pouco sobre esta versão. Como serei visto sob a ótica do atleta amador e do profissional? Conheci alguns, amadores por excelência, que se negaram, de forma radical, a praticar-me em troca de dinheiro. Portanto, a prática de determinadas modalidades, por mim executada, estão isentas de outros interesses que não sejam o do regozijo próprio ou da camisa que me vestem. Lembro-me bem da época em que vestir a camisa de um clube tinha um significado tão profundo quanto a seriedade de um compromisso marital.

 

Não era, de forma alguma, concebível a troca de times por parte de meus praticantes, isto porque, era considerado como traição incondicional e, às vezes, levando a conseqüências desastrosas e incômodas. Claro que isto tudo em minha defesa, pelo espírito amadorístico. Agora, pergunto! E na minha prática, qual será o espírito do profissionalismo? É certo beijar o dístico a cada clube que se joga? E mesmo se declarar, desde criancinha, torcedor daquele time que venha a defender, envolvendo muitas vezes, papai, mamãe, vovô e o “escambau a quatro”? É hipocrisia, ou dependência do regime capitalista que os rege!? É triste, mas é uma realidade. Hoje sou praticado por dinheiro, exceto na condição lúdica. Afinal, qual o regime político seria o mais adequado à minha prática? O comunismo e/ou socialismo na qual os atletas são subvencionados pelo estado em quase tudo, ou o capitalismo que aguça a ira da ganância e os torna escravos do dinheiro? Sobre este questionamento, cedo um aparte para o autor do blog, que assim se manifesta: “Cito um fato muito interessante, acontecido nos últimos Jogos Pan-americanos, realizados no Rio de Janeiro, quando atletas cubanos desertaram, refugiando-se nos arrabaldes da cidade, como vem acontecendo a cada participação de Cuba, fora dos seus limites. Pelo visto as benesses oferecidas pelo Estado não são assim tão compensadoras.

A penúria em que vivem, embora tenham supremacia conquanto a saúde e a educação, não os eximem da almejarem a liberdade plena. Assunto por demais complicado. Tomar uma decisão dessas, de deixar tudo para trás e recomeçar vida nova longe de sua família e de sua gente, é muito difícil. Talvez, seja por este motivo que a fuga é relativamente pequena. Eu gostaria de saber quais as conseqüências que sofrerão Rigondeaux, Lara, Capote e Lamela. Como serão suas vidas daqui para frente? No mínimo, perderão suas regalias que compreendem um carro e uma cesta básica, além da perda de uma bolsa oferecida pela Alemanha de valor considerado astronômico para os padrões cubanos. Por outro lado, serão condenados ao ostracismo, jamais podendo participar de qualquer evento desportivo fora do limite da ilha. Considerando um parecer jurídico exarado pelo Dr. Marcelus Augustus, meu amigo e advogado, onde afirma não ter havido um procedimento jurídico legal visto que os atletas não praticaram nenhum crime em território brasileiro para que fossem sumariamente deportados, até porque estavam com o visto de permanência por 90 dias. Atuaram de um sábado para o domingo, sem que a OAB, sequer, tivesse tempo hábil para intervir na impetração de um Hábeas Corpus, sendo deportados "numa velocidade olímpica" .

Adentrando o cenário político, resta um questionamento quanto à proximidade e permissividade do nosso governo com países que, flagrantemente, afrontam os direitos humanos; exemplo disto, a Venezuela e a própria Cuba. Agora, devolvo a palavra à Sua Excelência, o Esporte, que por sua vez, finaliza esta matéria, de forma sarcástica, com uma simples retórica: "Terá ele, o governo, agido de forma premeditada para que, num futuro bem próximo, uma porta esteja aberta?" Tomara!!

Abraços do Gigi.

 

 
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