Um ponta canhoto veloz e habilidoso no trato da pelota. O que o fazia se destacar era o fato de saber usar a sua direita fazendo com que seus marcadores se “embananassem” todos. Começou jogando na várzea pelo Flamenguinho do Campo Grande, servindo sempre de bandeja um amigo que veio a se tornar um craque no cenário futebolístico nacional, o Samarone.
Ricardinho tentou se profissionalizar jogando pelo Jabaquara e a Portuguesa Santista, mas, infelizmente, precisou interromper o seu sonho para dar continuidade ao trabalho na oficina de máquinas do seu pai, em virtude do seu falecimento. E mais uma vez a mesma história se repete no fortuito de uma carreira promissora.
No entanto, deu bastante alegria não só para nós do futebol varzeano como também para o futebol de praia e de salão. Um comentário que com certeza irá corroborar toda minha afirmativa a seu respeito, foi quando Pelé o elogiou dizendo que o seu futebol não deixava nada a desejar aos grandes pontas da época e que gostaria de ter sido servido por ele.
Talvez os mais novos, sequer, entendam o que seja um “ponta”. Hoje esta função é executada pelo lateral, chamado de “ala”, portanto, não tendo a mesma categoria dos pontas de antigamente. Ricardinho acabou atendendo a um pedido daqueles craques que já se foram para compor no time do Homem. Com certeza, agora o Chico da Rita e o Carioca estarão bem servidos, portanto os “capetas” que se cuidem.
Colaborou com esta homenagem, a Sra. Andréa Carriço Albuquerque, filha do nosso querido amigo Ricardinho, a quem agradeço pelo envio das fotos. |