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É isso aí Gigi, estou com você e não abro! Eu também faço parte desse time das antas, segundo os críticos de plantão.
Muito boa a sua crônica, sobre a matéria.

Mas, sinceramente, creio que ANTAS, apesar de maioria, são todos aqueles que acreditam que na política, no futebol, nas atividades empresariais, etc., imperem a lisura, a honestidade e os bons princípios.

Em resposta à sua crônica, aqui vai a minha, cuja tônica tem a ver com aquele meu artigo sobre a Confraria FIFA.

“Ontem mesmo eu estava assistindo ao programa do Galvão, onde o entrevistado (digo, bajulado) foi o Ricardo Teixeira.

O genro oportunista do Havelange, que praticamente herdou dele, há mais de 20 anos, o cargo de mandatário máximo do nosso futebol.

Durante o tempo, que agüentei ver e ouvir o “bate-papo” e toda àquela encenação característica da Globo, os jornalistas presentes não o cobraram absolutamente de nada. Pelo menos, até o momento em que suportei assistir aquele teatro.

Justamente ele, o maior responsável por tudo o que ocorre nas seleções nacionais (principal e subs) nada lhe foi questionado pelos “vaquinhas de presépios”!

Aliás se fosse diferente o cara não teria se sujeitado a atender o convite, já que nem ao Congresso Nacional esse sujeito dá satisfações, pois é parte de um órgão maior, que se constitui num Governo Futebolístico Independente.

Ou seja, a FIFA, suas 5 Confederações Continentais (UEFA, CONMEBOL, CONCACAF, CAF e AFC), 208 Confederações Nacionais (CBF, AFA, FIB, FFF, etc.) e destas ainda em alguns casos como no Brasil, suas extensões na forma de 27 federações estaduais (penso que seja caso único no mundo).

Todas elas juntas se constituem num verdadeiro Governo Mundial Virtual Independente, que congrega e detém discricionariamente os três poderes de uma nação: o EXECUTIVO, o LEGISLATIVO e o JUDICIÁRIO!

Esses poderes. na maioria dos países (exceto nas ditaduras). são independentes, têm autonomia e autoridade de ação em suas esferas, por possuírem receitas orçamentárias de subsistência garantidas por lei e, têm ainda seus representantes eleitos para mandatos, que se renovam periodicamente. Exceção feita ao Judiciário, que por isso mesmo é o cancro, que é em vários países, principalmente no nosso.
 
Já nesse Governo Mundial do Futebol (FIFA) não; à custa de votos barganhados junto às confederações filiadas, o seu mandatário máximo se mantém no poder indefinidamente, e a instituição, que preside exerce simultaneamente os três poderes citados:  
 
1)      Na figura do Executivo, define, organiza e implementa os torneios de futebol (copas, re-copas, ligas de campeões, campeonatos nacionais, etc.) disputados pelos clubes nas devidas freqüências, nas diferentes sedes de seus países filiados;
 
2)      Como Legislativo define e aprova ou não, alterações nas regras desse esporte, com a conivência do IFBA (os velhinhos bretões da International Board); sempre avessos em adotar a tecnologia para evitar os erros de fato e de direito, tão useiros e vezeiros no futebol.
 
3)      E, o mais grave, atua ainda como Judiciário, tanto nas figuras dos Árbitros, escolhidos e escalados por ele mesmo para “dirigir” cada partida, como dos seus Comitês de Justiça e Câmara de Resolução de Disputas, que julgam os atletas e os clubes envolvidos em pendengas ocorridas nos eventos organizados por ela e suas subalternas, relatadas pelos primeiros e, primeiramente julgadas pelos tribunais nacionais.
 
Nota: Ouvi isto no programa Bem Amigos, de ontem. Cada juiz, inclusive os que não atuaram como aquele tal de Martim Hanson, que eliminou a Irlanda da copa, custou aos cofres da FIFA a bagatela de US$ 50.000,00 (cinqüenta mil dólares) per capita.

Se considerarmos, que havia um juiz de cada país representado (32), arredondando esse número para 30 ou 40, teríamos um valor gasto pela FIFA somente com arbitragens, em torno de US$ 1.500.000,00 a US$ 2.000.000,00. É grana meu amigo, que não acaba mais. Aliás em 2009, um ano sem copa, a arrecadação da FIFA, segundo ela mesma ficou em US$ 1,2 bilhões!!!
 
Para ampliar ainda mais o seu poder, antes da copa de 2006 a FIFA criou sua própria emissora de TV, que organiza, regula e supervisiona as transmissões das partidas, em sintonia com a maior cadeia de TV escolhida do país sede. Sua autoridade sobre a geração das imagens permite inclusive, que ela proíba, que lances duvidosos sejam repetidos no andamento das partidas, tal como chegou a ser noticiado na internet, após os dois maiores escândalos (se é que não haverão ainda outros) desta copa: o gol da Inglaterra e o 1º da Argentina contra o México.
 
Ora, onde já se viu uma coisa dessas? Quem organiza e executa, legisla sobre o que faz, controla o que faz e, por fim pune quem faz! (?)
Todo esse poder dentro de um só organização? Nem a ONU, o maior órgão entre nações do mundo detém um poder tão amplo assim.
 
Penso ter me equivocado, quando cito tratar-se a FIFA de um governo sem pátria e independente. Na verdade, tenho refletido sobre essa questão e, pensado que a confraria FIFA mais se assemelha a uma gigantesca empresa multinacional, que se “apossou” de um esporte mundialmente difundido e apreciado, cujos estatutos e regulamentos, não estão sujeitos às leis do direito administrativo, comercial ou tributário de país algum. Operando como quer, quando quer, onde quer, com quem quer!
 
Seu negócio, a promoção de campeonatos e partidas de futebol, visto(a)s como acima de qualquer suspeita, fatura bilhões de dólares/euros, cujas migalhas são distribuídas de 4 em 4 anos às suas seleções confederadas, que por sua vez distribui migalhas menores ainda aos seus atletas e comissões técnicas.
 
Essa gigantesca multinacional, tem sede suntuosa na Suíça e filiais espalhadas por quase todo o mundo. Sendo ainda as filiais de natureza continental, promotoras de torneios com freqüência semelhante aos da sua matriz, tais como a Eurocopa, a Copa da África, a Copa América, etc..

Já as suas confederadas nacionais, desenvolvem seus campeonatos com freqüência anual, cujos times em sua maioria, vivendo à míngua e a fabricar jogadores para os centros (as confederações) mais ricos e desenvolvidos.
 
Para finalizar: Quem ousa contestar ou enfrentar essa gigante multinacional? Nenhum país, nenhum organismo internacional, ... ninguém. Nem muito menos a mídia, que dela se locupleta!”
 
Abração e até qualquer hora.

Lauro C.M Seixas

 
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