Após ficar 11 pontos atrás do líder Grêmio faltando 18 rodadas para o término do Brasileirão 2008, o São Paulo conseguiu uma virada impressionante e conquistou o inédito tricampeonato consecutivo, tornando-se o primeiro time a alcançar seis títulos do Brasileirão.
Ouvi jogadores do Tricolor dizendo que a “virada” começou após o empate em 1 a 1 com o Atlético Mineiro, no Mineirão, e a tremenda “bronca-conversa” de Muricy Ramalho no vestiário.
Outros disseram que a coisa engrenou após a vitória sobre o Cruzeiro, por 2 a 0, no Morumbi e que o sonho de levantar a taça ficou ainda mais vivo depois do empate contra o rival Palmeiras, no Parque Antártica.
Contrariando os próprios jogadores, digo que a partida em que vi definitivamente o São Paulo com a famosa cara de campeão foi o 2 a 1 contra o Vitória, numa quinta-feira à noite, no Morumbi.
O Tricolor saiu perdendo com um gol de cabeça do zagueiro Leonardo Silva, após falha de posicionamento da defesa são-paulina (coisa rara de acontecer). A partir daí, um jogo que parecia fácil começou a se complicar, principalmente após o dilúvio que atingiu a capital paulista. Achei até que Noé estava preparando outra arca...
Mas na raça, na vontade e na persistência, e também graças à boa drenagem do Morumbi, mesmo jogando muito mal e tomando sufoco do Vitória, o São Paulo virou a partida e conquistou os três pontos após gol do outrora renegado Hugo.
O time vibrou demais com o apito final e mostrou grande união e confiança. Muricy Ramalho e Rogério Ceni fizeram questão de saudar os quase 20 mil pagantes daquela noite molhada.
O treinador, com seus gestos de costume, aplaudiu e bateu incessantemente no braço e no peito. O goleiro-artilheiro também agradeceu e presenteou os encharcados torcedores com uma bola, chutada para a arquibancada. E eu, após encerrar a cobertura da partida, tive certeza de que o São Paulo seria o campeão brasileiro de 2008.
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