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Gustavo Grohmann

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Gustavo Grohmann

Editor do site Milton Neves desde 2005. Passou pelas TVs Cultura e Record e pelo Diário do Grande ABC.

E-mail: gustavo@terceirotempo.com.br




  Torcida única é a solução imediata
 
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Não teve jeito! A polêmica criada pelas diretorias de São Paulo e Corinthians e alimentada pela imprensa acabou em confusão digna de guerra civil.

Dentro das quatro linhas o clássico foi muito nervoso, com pancadas desde o início da partida, inúmeros cartões amarelos e três corretas expulsões. E após o apito final, a coisa foi para a arquibancada e degringolou. Não houve confronto entre as torcidas adversárias, mas sim entre a torcida do Corinthians e a polícia.

Parte dos torcedores corintianos, assustados após a explosão de uma bomba caseira, forçou a saída do estádio antes do tempo previsto (era necessário aguardar a torcida do São Paulo se dispersar).

Os policiais responderam com três bombas (uma de gás lacrimogêneo e duas de efeito moral) e “empurram” os torcedores de volta para a arquibancada, que, assustados, acabaram se pisoteando.

Despreparo da polícia? Audácia dos torcedores? Não posso responder! Mas o que sei, e o que me deixa mais irritado, é que ao voltar para a arquibancada, tais torcedores simplesmente começara a “quebrar tudo”.

Cadeiras foram arrancadas e arremessadas ao gramado, vidros que separavam as torcidas foram destruídos, extintores de incêndio danificados, banheiros quebrados... e tudo isso no confronto com a polícia? NÃO! Tudo isso feito SEM MOTIVO, por verdadeiros marginais, animais, vândalos ou sei lá como chamar essa gente.

Que pra variar, ficaram sem punição e poderão estar de volta aos estádios nas próximas partidas. No máximo, meia-dúzia foi levada até a delegacia, prestou depoimento, pagou uma fiança simbólica e foi embora.

A verdade é a seguinte: não dá mais para ir tranquilo a um estádio de futebol! E acredito que a maneira mais eficaz de diminuir um pouco esse tipo de desgraça, já que punição severa é luxo, é apelar e fazer o famoso jogo de torcida única! Infelizmente.

Fale com o colunista: gustavo@terceirotempo.com.br

 
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