Durante a semana, provocações e lembranças do duelo do Paulistão deste ano não faltaram para esquentar o clássico entre Corinthians e Santos. Neymar voltou a instigar Chicão, mas o zagueiro respondeu no campo e ajudou o time do Parque São Jorge a se vingar do rival com uma vitória por 4 a 2 no Pacaembu pela quinta rodada do Brasileirão.

“Se tiver a mesma situação na hora e der vontade, porque nao daria? declarou

Neymar na última quinta-feira, sobre a tão falada jogada da última vez que os dois se encontraram na Vila Belmiro. Na ocasião, com a bola parada, Neymar deu chapéu em Chicão, jogada que irritou o zagueiro do Corinthians.

Antes do jogo, Chicão não respondeu nada. Mas nos bastidores do Corinthians a certeza era a de que o zagueiro havia ficado irritado com a fala de Neymar antes do clássico. Após a vitória por 4 a 2, o beque corintiano resolveu enfim se manifestar.

“Eu não tenho mais 18 anos para falar bobagem. Cada um fala o que quer. Mas futebol se resolve dentro de campo. E foi isso que nós fizemos na partida deste domingo”, comentou o zagueiro.

O Datafolha comprova a superioridade de Chicão sobre Neymar no clássico. O atacante santista teve sete bolas perdidas quando esteve em campo, enquanto o zagueiro conseguiu oito desarmes completos.

Neymar cumprimentou Chicão e deu uma piscada de olho para o zagueiro. Mas viu o rival se dar melhor em um dos lances capitais do jogo, onde o atacante fintou Felipe e tocou para as redes. Porém, o beque tirou a bola de cabeça e evitou o gol santista.

A exceção deste lance, o destaque do Santos não teve tantas jogadas de efeito que o caracterizam e foi substituído pelo técnico Dorival Júnior, que admitiu que tanto o camisa 11 quanto Ganso não estavam em tarde inspirada. Mas Neymar optou por reclamar do juiz da partida no final do primeiro tempo. “O juiz hoje está interpretando muito errado. No Neymar não tem falta não”, protestou.

No final do jogo, com a cabeça mais fria, o técnico Dorival analisou a provocação de Neymar pré-clássico. Segundo o treinador, não faltam conselhos para o jovem santista, mas só a maturidade fará com que ele mude de postura, assim como aconteceu com outros grandes jogadores do futebol brasileiro.

“Conversas com o Neymar tivemos, mas é o jeito dele, é a maneira de ser. Ele vai falar até o instante que sinta que não precisa mais disso, e sim só em se preocupar em jogar o belo futebol que ele sempre teve”, argumentou o comandante santista.

“Ele irá encontrar esse equilíbrio assim como aconteceu com o Romário, Edmundo e o Neto, que sentiram que não havia mais necessidade de fazer isso e pararam. O Neymar também vai ter esse momento”.

Fonte: Uol Esporte