O Santos apresenta um novo estilo de jogo com Muricy Ramalho. A qualidade técnica da equipe na partida de volta das oitavas de final da Libertadores contra o América, em Queretáro, no México, foi deixada de lado em troca de uma eficiente retranca, e “catimba” até mesmo dos jovens jogadores. O resultado foi a classificação para as quartas de final garantida com o empate sem gols.
Na visão do treinador, a equipe já demonstra maturidade suficiente para mudar o estilo de jogo, e a nova maneira atuar é importante para seguir na competição.
“Jogar a Libertadores nessa pressão se aprende muito. O Santos tem que aprender a se defender na Libertadores também, e isso que estamos mostrando. Os jogadores estão se superando, nosso time está muito cansado, e estamos passando de fase”, destacou Muricy, em entrevista à rádio Globo.
A pressão do América no jogo de volta fez os principais jogadores do Santos, Paulo Henrique Ganso e Neymar, mudarem o comportamento no jogo. A “catimba” foi adotada, e Ganso chegou a dar um chute para fora do campo, mesmo com o jogo em andamento, só para que a partida fosse paralisada para o atendimento médico em Neymar, caído no chão.
Nos minutos finais do jogo, o camisa 10 passou a atuar isolado no setor ofensivo por um pedido de Muricy, que confiava na cadência de jogo do meia, e na altura para ganhar as jogadas aéreas.
“Soubemos agüentar a pressão, conseguimos nos classificar. Também tive que ajudar muito na marcação para garantir a classificação”, lembrou Ganso.
No segundo tempo, Muricy sacou o atacante Zé Eduardo para colocar o zagueiro Bruno Aguiar. Após a alteração, a pressão da equipe mexicana aumentou, mas para o treinador, a retranca foi determinante para a classificação.
“Tinha que aumentar a estatura do nosso time que estava sofrendo demais. A gente ganhou quase todas as bolas por cima, e a defesa ficou bem fechada. A chance do América era mesmo o chute de fora da área, mas o Rafael estava em uma grande noite”, lembrou Muricy.
Fonte: Uol Esporte |