
Visto como jóia do Santos, Alemão largou o clube sem deixar um centavo ao clube. Ele ainda discute na Justiça o direito de atuar na Udinese. Para isso, propôs acordo com o Santos para encerrar o caso.

Para não perder Thiago Carleto de graça, o Santos convenceu o ala a fazer um novo contrato no início de novembro: ele assinou, mas já sabendo que seria vendido. O clube entendeu que a "gaveta" que existia com Carleto seria facilmente derrubada pela Justiça, por isso fechou negócio mesmo por um valor muito abaixo do esperado pela diretoria (R$ 500 mil).
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Manobra que rendeu inúmeras brigas judiciais nos últimos anos, o contrato de "gaveta" está com os dias contados no Santos, assegura o presidente do clube, Marcelo Teixeira. O Santos argumenta que a adoção em larga escala do "gaveta" tinha como intuito resguardar os "patrimônios" do clube, mas o plano será extinto após seguidas fugas de atletas.
Neste ano, os jogadores Marcelo, Renatinho e Denis conseguiram invalidar o vínculo futuro na Justiça. Outros renegociaram os contratos, casos de Marcos Aurélio (atualmente no Shimizu), Rodrigo Souto, Kléber Pereira, Alemão (atualmente na Udinese), Thiago Luís e Thiago Carleto (Valencia).
Marcelo Teixeira condenou a postura voraz de empresários e também a Lei Pelé, que teria desprotegido os clubes na manutenção, sobretudo, das revelações do clube.
"A agressiva ação de empresários, que encontram brechas para chegar aos atletas, fez o clube repensar. Não queremos correr mais riscos. Adotamos isso desde 2000 para nos precaver e assim manter nossos atletas. Mas o contrato de gaveta, assim chamado pela imprensa, não tem tido a mesma eficácia. Os juízes têm dado ganho momentâneo aos atletas", discursou.
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