A principal marca do Santos deste ano é o elevado número de gols. Até agora, o ataque balançou as redes 128 vezes em 44 jogos (média de 2,9 por partida). E o Peixe obteve o rótulo de praticar um futebol vistoso muito em função de seu esquema ofensivo, o 4-3-3. Responsável pela escalação de uma equipe que sempre se lança ao ataque, o técnico Dorival Júnior garante que manterá o time da mesma forma, sem mudar uma vírgula do que está sendo feito.

- Se a gente tiver algum receio, voltamos para o tradicional. Essa equipe do Santos não tem essa característica. A todo instante vamos ter jogos em que a defesa vai ser exigida, mas o ataque vai ser eficiente, como sempre foi. Continuo acreditando que o ataque do Santos é a sua maior defesa, então não vamos mudar isso de maneira nenhuma. Jogamos dessa forma em uma semifinal de Paulista, dentro do Morumbi, contra o São Paulo, e não serão duas derrotas (para Palmeiras e Fluminense) que vão nos fazer mudar - ressaltou.

Ainda nessa linha, o comandante aproveitou para dizer que sempre que perder um jogo como contra o Fluminense (1 a 0 para o time carioca), em que na sua opinião o Peixe criou bastante e foi para cima, mas em um contra-ataque o Tricolor acabou sendo efetivo, ele será o treinador derrotado mais feliz do mundo, pois saberá que sua equipe tentou jogar futebol e teve uma postura agressiva.

Em relação à exposição defensiva do Alvinegro, que sofreu 60 gols nesta temporada, Dorival diz que é algo inevitável, já que os atletas escalados têm características ofensivas.

- Temos dois laterais que apoiam e que eram alas de ofício. Temos um volante que era um segundo volante, muito mais ofensivo do que defensivo, que é o Arouca. E temos Wesley, Paulo, Marquinhos e Madson, todos eles mais meias-atacantes do que meias defensivos, o Wesley, inclusive, era até um atacante dentro do Santos. E estamos jogando com três atacantes - explicou.

Sobre o confronto diante do Atlético-PR, que acontece nesta quarta-feira, às 21h50, na Arena da Baixada, o comandante entende que um bom resultado seria importante para o Peixe. Mas faz uma ressalva.

- Temos que levar em conta que o Atlético não fez um primeiro resultado em casa, assim como o próprio Santos não o fez na segunda partida, e teve um jogo anormal com o Vasco, porque teve dois jogadores expulsos no primeiro tempo. Então isso não quer dizer que a equipe tenha voltado mal para esse momento da competição, pelo contrário. Tem que ter tranquilidade e equilíbrio para não cometer os mesmos erros do jogo contra o Palmeiras, em que pagamos muito caro - declarou.

Fonte: Lancenet