Ronaldo foi decisivo, mas a defesa do Corinthians teve papel determinante na conquista dos títulos do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil. Mas, assim como todo o restante da equipe, o setor despencou de rendimento no Brasileirão. Para o goleiro Felipe, as inúmeras alterações por suspensão ou lesão prejudicaram bastante o desempenho do sistema defensivo durante a competição nacional.
- Tivemos muitas mudanças durante o Brasileiro. O Chicão e o William estiveram machucados e suspensos. Não estávamos tendo o mesmo entrosamento com os atletas que chegaram. Isso foi um dos fatores que ajudou a defesa a não ser tão regular. Também jogamos algumas vezes com a equipe reserva – afirmou.
Depois da conquista da Copa do Brasil, o Corinthians perdeu o lateral-esquerdo André Santos, vendido ao Fenerbahce-TUR. O mesmo destino teve o volante Cristian, protetor da defesa. Os zagueiros Chicão e William e o lateral-direito Alessandro tiveram de conviver com inúmeros problemas físicos. Assim, Mano recorreu a Balbuena, Paulo André, Diego, Renato, Marcinho, Marcelo Oliveira, Dodô e Bruno Bertucci.
- Todo mundo estava dando seu melhor, mas as coisas não aconteciam como estávamos treinando. Às vezes, jogaram Diego e Renato, que são jovens. Não tem como xingar ou cobrar. É preciso ter paciência – acrescentou Felipe.
Os números confirmam a diferença. Na Copa do Brasil, foram apenas oito gols sofridos em dez jogos, média de 0,8. Já no Paulistão, o desempenho foi ainda melhor, com 18 gols em 23 partidas, média de 0,78. O crescimento veio no Brasileirão, com 52 gols em 36 rodadas, média de 1,44.
- Goleiro nunca gosta de tomar gol. Mas ano que vem vamos voltar a ter
a defesa que sempre tivemos, tomando poucos gols – completou Felipe.
Fonte: Globo Esporte |