Exatamente quatro anos após ter sido dispensado pelo Santos, num ato que jamais foi aceito pela torcida alvinegra, Giovanni está de volta para ser homenageado. O presidente Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, durante apresentação do ídolo santista, nesta quarta-feira, na Vila Belmiro, disse estar fazendo uma reparação histórica e prestando uma homenagem ao jogador, que chegou a ficar três horas na antesala do ex-presidente Marcelo Teixeira esperando para rescindir o seu contrato.
Emocionado com a festa, em que foi recepcionado

por cerca de 20 crianças que se chamam Giovanni ou Giovanna por sua causa, o jogador admitiu que ficou uma ponta de mágoa com sua saída em 2006, quando foi dispensado pelo então técnico Vanderlei Luxemburgo. Mas garante que ficou tudo para trás. Agora, seu objetivo é fechar o ciclo com um título. Para o craque, é o que falta para que sua missão no Peixe seja cumprida.

- Ficou um pouco de mágoa. Não pelo fato de sair, mas como aconteceu a coisa. Fiquei numa sala esperando por mais de três horas a minha rescisão. Algo que poderia ser resolvido em dois minutos. O sonho foi interrompido (em 2006), mas novamente estou aqui para fechar o ciclo. E o torcedor pode ter uma certeza: esse ciclo vai ser encerrado com um título - disse, demonstrando estar bastante emocionado. 

O ídolo reconhece ter ficado surpreso com a oportunidade de encerrar a carreira pelo clube que o revelou para o mundo. Para ele, houve coragem por parte da diretoria em aportar num jogador de 37 anos, que não joga profissionalmente desde o Paulistão do ano passado.

- É por isso que sou muito grato a essa nova diretoria. Eu sentia que minha missão no Santos ainda não estava completa. Agora, tenho essa chance. Quero conquistar um título aqui e vou me empenhar para isso – afirma o jogador, que assinou até o dia 5 de agosto.

Giovanni ainda não tem data para estrear. Ele não joga desde o Paulistão do ano passado, quando defendeu o Mogi Mirim, e ainda não tem condições físicas. Por isso, o técnico Dorival Júnior já adiantou que o meia está fora da estreia no estadual, domingo, contra o Rio Branco, no Pacaembu.

- Tem que ter calma. Eu não sou mais garoto e tenho minhas limitações. O Dorival está me observando e vai saber o melhor momento de me aproveitar.

Pequenos Giovannis...

O craque chegou a ficar com um nó na garganta quando foi recepcionado por cerca de 20 crianças que foram batizadas em sua homenagem, algumas com os cabelos pintados de vermelho, moda que o camisa 10 lançou em 1995, após a vitória histórica por 5 a 2 sobre o Fluminense, na semifinal do Campeonato Brasileiro.

Fonte: Globo esporte