O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou o bloqueio das contas do Santos como garantia do pagamento de R$ 15 milhões ao ex-presidente do clube, Marcelo Teixeira, que teve de desembolsar esse valor em favor do Banco Safra, por ter sido avalista de um empréstimo. A atual administração deixou de pagar as parcelas, o banco executou a dívida e Teixeira foi obrigado a usar recursos próprios para zerar o débito. O acórdão foi publicado pelo Diário da Justiça na última terça-feira. A diretoria santista alega, porém, que ainda não foi notificada.
Com essa decisão do TJ, todo o dinheiro arrecadado pelo clube será bloqueado para o pagamento da dívida. Num primeiro momento, o Santos ofereceu o Centro de Treinamento Meninos da Vila, destinado às categorias de base, como garantia. O local poderia ser penhorado e a dúvida quitada. No entanto, os desembargadores determinaram que o imóvel fosse desconsiderado e substituído pela “penhora online de dinheiro”.
Essa é apenas uma das ações movidas por Teixeira contra o Santos. Em outra, ele e sua irmã tentam reaver R$ 17 milhões que o colégio da família emprestou ao clube. Para essa dívida, a Vila Belmiro foi oferecida como objeto de penhora.
- Como eu já disse, não tenho nenhuma intenção de prejudicar o clube. Não quero a Vila Belmiro, nem jogador do clube. Queria um acordo. Esse sempre foi o meu desejo. Não fui eu que deixei a situação chegar a este ponto, mas sim os atuais dirigentes que não me procuram e não me atendem para discutir essas pendências. Minha intenção é chegar a um entendimento.
O ex-dirigente admite a possibilidade de entrar em acordo com o Peixe para receber o débito parceladamente.
A diretoria do Santos tem optado por não responder via imprensa a Marcelo Teixeira.
Fonte: Globo Esporte |