Lista dos clubes amadores da Baixada Santista
 
 
Santos é tri da Libertadores  
Duelo entre Neymar e Messi  
Muricy mereceu o título  
Neymar faz história na Vila  
Neymar e Ganso até 2015  
Ver todas as notícias  
 
Renan Prates Renan Prates
Timão, na moral
 
Pepe

José Macia Pepe
Bombas de alegria

 

 
Ednilson Valia Ednilson Valia
Amor corintiano
 

Gustavo Grohmann

Gustavo Grohmann
Messi na Copa
 
global Coluna do Leitor
Questão cultural
 
     
 
 
Ver todos os colaboradores
  23/10/2008 - Leão responde às críticas que recebeu de Marcelo Teixeira
   
  Emerson Leão

O ex-técnico do Santos, Emerson Leão, atualmente no Al Sadd, do Qatar, respondeu nesta quarta-feira, por intermédio de sua assessoria de imprensa, às críticas que recebeu do presidente alvinegro Marcelo Teixeira na última segunda-feira. Em uma extensa carta, Leão desabafa e diz que todas as observações que fez em sua chegada ao Peixe procediam e lamenta que o dirigente não lhe tenha dito nada pessoalmente, mas por intermédio da imprensa.

Em entrevista publicada pelo jornal “A Tribuna”, de Santos, na última segunda-feira, Teixeira afirmou que Leão parecia mais preocupado em atacar seu antecessor, Vanderlei Luxemburgo, do que comandar o

 

trabalho de reestruturação da equipe. Para Teixeira, esse desvio de foco provocou a queda de rendimento da equipe, que, além de não brigar por títulos, ainda passou todo o ano tentando escapar de rebaixamentos, tanto no Paulistão, quanto no Brasileirão.

- Na execução do projeto, tivemos problemas sérios porque ele (Leão) começou a ter mais preocupação com o passado recente, envolvendo o Vanderlei (Luxemburgo) do que propriamente com o seu trabalho no Santos. Se nós nos dedicássemos ao planejamento técnico, seria diferente. Desviamos muito o foco para o ano anterior. Isso prejudicou até o ambiente de trabalho - comentou o mandatário.

Leão, por sua vez, responde que fez críticas à estrutura que encontrou porque não queria enganar o torcedor. Em sua chegada, no início de 2008, o treinador lamentou a falta de equipamentos no Centro de Excelência em Prevenção e Recuperação de Atletas (Cepraf), orgulho da atual diretoria. Eles foram retirados após a saída de Luxemburgo, pois estavam emprestados ao fisioterapeuta Nilton Petroni, o Filé, que deixou o clube junto com Luxa. Depois da reclamação de Leão, o clube comprou novos equipamentos. Além disso, o treinador sempre citava a falta de dinheiro e de perspectivas de boas contratações.

- Retratar a verdade dos fatos deveria ser condição básica de respeito ao torcedor, e não mascarar a realidade. Foi o que fiz quando cheguei ao Santos e me deparei com uma situação que não me agradou: falei a verdade, nada mais do que isso - afirma Leão, em sua carta

Leão se mostra magoado também com o fato de Marcelo Teixeira não ter lhe recebido pessoalmente quando esteve no clube para negociar salários atrasados. Na ocasião, o treinador foi atacado por um grupo comandado por um ex-segurança do Peixe.

- Lamento que o presidente Marcelo Teixeira tenha dados tais declarações comigo longe do Brasil; e estranho porque ele poderia ter dito isso olhando nos meus olhos se tivesse me recebido no dia em que fui discutir minha pendência contratual na Vila Belmiro. Ao contrário, designou uma pessoa do clube pra tratar comigo e com meu advogado, e ao final do encontro aconteceram os lamentáveis episódios de agressão que todos puderam ver - comenta.

A terceira passagem de Leão pelo Santos durou cinco meses. Ele veio para substituir Vanderlei Luxemburgo num período em que o Peixe, com dificuldades financeiras, tentava formar um novo time. Após começar o Paulistão muito mal, sob risco até de rebaixamento, o time reagiu tardiamente. Na Taça Libertadores, o Santos de Leão foi até as quartas-de-final.

A CARTA

Leia à carta de Emerson Leão que foi enviada à imprensa:

Doha, 22 de outubro de 2008

Foi com tristeza que acompanhei, via internet, as declarações do presidente Marcelo Teixeira sobre o que, na opinião dele, foram os fatores que atrapalharam a condução do trabalho que desenvolvi no Santos no primeiro semestre deste ano.

Em primeiro lugar, gostaria de lembrar que iniciamos um processo de reformulação muito grande dentro do Santos, com muitas dificuldades e sem aporte financeiro de peso; mesmo assim, conseguimos chegar às quartas-de-final da Copa Libertadores, tendo sido eliminados no saldo de gols (enquanto muita gente dizia que não passaríamos da primeira fase). Quando percebemos que as coisas não caminhariam mais, e o trabalho não traria mais resultados, achamos por bem, de comum acordo, encerrarmos o vínculo.

Lamento que o presidente Marcelo Teixeira tenha dados tais declarações comigo longe do Brasil; e estranho porque ele poderia ter dito isso olhando nos meus olhos se tivesse me recebido no dia em que fui discutir minha pendência contratual na Vila Belmiro. Ao contrário, designou uma pessoa do clube pra tratar comigo e com meu advogado, e ao final do encontro aconteceram os lamentáveis episódios de agressão que todos puderam ver.

É estranho que o presidente levante tal conclusão tanto tempo depois do término da minha passagem pelo Santos; eu costumo dar por encerrado meu trabalho, inclusive com posteriores declarações, quando acaba o vínculo com o clube em que trabalho; gostaria que ele tivesse feito o mesmo, até porque nunca ouvi algo semelhante de sua boca enquanto estive por lá. Agora, estou apenas me defendendo de tais conclusões.

Diferenças de conduta de trabalho são absolutamente normais dentro de um ambiente de trabalho quando acontece uma troca no comando; retratar a verdade dos fatos deveria ser condição básica de respeito ao torcedor e não mascarar a realidade - foi o que fiz quando cheguei ao Santos e me deparei com uma situação que não me agradou: falei a verdade, nada mais do que isso.

Sempre soube separar muito bem as duas coisas; meu trabalho dentro de campo nunca foi atrapalhado por nada; é evidente que, se tivéssemos mais condições à época de reforçar nosso elenco, poderíamos ter conseguido resultados ainda melhores; mas isso também não diminuiu minha dedicação no trabalho, pelo contrário, só me motivou ainda mais.

Esses fatos nunca me fizeram desviar do foco para o qual fui contratado: ser técnico do Santos; não seria uma atitude digna de minha parte e gostaria que o presidente Marcelo Teixeira tivesse seguido a mesma linha de conduta e não tentasse disfarçar, através de justificativas inverídicas, a situação em que a instituição Santos atravessa.

Emerson Leão


Fonte: G1

 
Outras Notícias
 
11/06/2011 -Borges marca no final e complica o Cruzeiro, que só empata com reservas do Santos
11/06/2011 - Tite tem ataque completo e treina bola parada para enfrentar o Fluminense
11/06/2011 -Muricy lamenta expulsão contra o Cruzeiro, mas absolve meninos do Santos
11/06/2011 - Tite evita falar em antecipar a estreia do Imperador no Timão: 'Cuidado'
11/06/2011 - Real não está disposto a pagar R$ 106 milhões para contratar Neymar

02/06/2011 - Na final! Santos empata com o Cerro com sorte e competência

02/06/2011 -Após classificação, Elano e Neymar embarcam para encontrar Seleção
02/06/2011 -Muricy é atingido por objeto na cabeça: 'Não vai acontecer nada'
02/06/2011 - Corinthians admite que Renan está muito próximo de ser oficializado
02/06/2011 - Timão empresta Edno para a Portuguesa até o final da temporada
Ver todas as notícias

 
www.giginarede.com.br - Todos os direitos reservados © 2009