Mancini chega com o auxiliar-técnico Anderson Silva, o preparador físico Flávio Oliveira e o preparador de goleiros Eduardo Bahia. Todos assinaram contrato até o fim do ano.
Aos 42 anos, o treinador admite que encara o desafio mais importante de sua ainda breve carreira de técnico. Ele chega a um clube que tem um elenco em má forma física e com problemas de relacionamento. No entanto, garante que nada disso o incomoda.
- Cheguei ao Santos com carta branca. Isso precisa ser dito. O clube tem jogadores com história, que já fizeram muito. Mas eu não estava aqui quando isso aconteceu. Eles têm de provar agora, para mim, que estão vivendo um bom momento. Hoje é outra realidade, outro ciclo, outra filosofia - avisa o treinador.
Mancini, porém, garante que não haverá caça às bruxas na Vila. Ele já está a par dos problemas de relacionamento que o elenco apresenta. Mas antes de tomar qualquer decisão, irá conversar com os jogadores nesta segunda-feira à tarde.
- Quero olhar os jogadores nos olhos e sentir o que eles têm a dizer. O Fábio Costa é um grande goleiro, já fez coisas muito importantes para o Santos e para o Corinthians. Tenho certeza de que ele voltará a ser aquele jogador que cresce em decisões. Por isso, quero conversar com ele, saber o que está acontecendo - diz.
Por outro lado, o novo técnico avisa que, se não gostar do que ouvir de Eller e Fábio Costa, os dois não serão relacionados para o jogo contra o Rio Branco, no Acre, pela Copa do Brasil.
Suando sangue
Apesar de chegar com a missão de ser bombeiro neste início de trabalho, Mancini afirma estar animado com as possibilidades que o elenco do Santos oferece. Ele assistiu à partida contra o Guarani, no último domingo, na Vila Belmiro, e fez várias anotações.
- Temos um grupo com jogadores de qualidade. Que podem não estar rendendo o que podem. Mas isso é um questão de tempo e de trabalho. Eu não posso admitir que um clube como o Santos não entre nos campeonatos para ganhar títulos. E repetir isso todos os dias para os jogadores. O time vai ser forte - garante.
Mancini, no entanto, afirma que, mesmo tendo qualidade, os jogadores terão de correr muito se quiserem ser titulares do Peixe a partir de agora. Ele observou que o time tem apresentado um futebol muito cadenciado, com toques de lado, sem aprofundar jogadas. Ele decreta o fim desse estilo.
- Meus times são velozes. Não gosto de equipes com muita posse de bola, mas que não agridem os adversários. Um jogador para vestir a camisa do Santos tem de suar sangue. Se for para entrar em campo e ficar só passeando, não serve.
Reforços
Mancini comandará o seu primeiro treino nesta segunda-feira à tarde. Será o seu primeiro contato com os jogadores. Por isso, ele ainda não tem uma análise aprofundada do que tem à disposição. Mesmo assim, diz que já pensa em nomes de reforços. Principalmente para a lateral-direita, posição carente do Peixe. O único jogador da posição é Luizinho, que está machucado.
- Vou analisar o que temos em falta e o que está sobrando. Existe essa questão da lateral. Tenho até alguns nomes (para indicar). No entanto, antes de tomar qualquer decisão, vou ver o elenco. Sentir o que tenho, as possibilidades, para depois ver o que vamos precisar.
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