Pelé foi derrubado pelo zagueiro Fernando. Manoel Amaro marcou o pênalti que o rei do futebol converteu, apesar de o goleiro Andrada ainda ter tocado na bola. Começava naquele momento uma mais emocionantes festas da história do Maracanã.
No dia 9 de maio de 2009, aos 62 anos, Manoel Amaro de Lima perdeu a batalha contra o câncer. Morreu em Recife. O corpo dele foi sepultado no cemitério Santo Amaro, na cidade que é chamada de Veneza Brasileira. Ele era aposentado como professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco. Era Casado e deixou dois filhos, ambos casados.
Manoel era adolescente quando viu, em um programa de TV, um anúncio da então Federação Alagoana de Desportos conclamando jovens a participar de um curso para formação de árbitros. Com 17 anos e meio, iniciou a carreira apitando partidas amadoras. Seu primeiro jogo como profissional foi uma decisão de turno do campeonato alagoano entre CRB e Penedense. A partir daí, não parou de crescer. E como aspirante ao quadro da FIFA, viveu seu maior momento ao lado de Pelé.
"Quando soube que iria apitar aquele que poderia ser um jogo histórico, não mudei em nada a minha rotina. Procurei enxergar como apenas mais uma partida". Comportamento que levou para o gramado do Maracanã. Até que Pelé foi derrubado na área....
"Marquei aquele pênalti com convicção. Estava muito próximo do lance. Seria melhor se o milésimo gol tivesse ocorrido com a bola rolando, mas foi emocionante fazer parte daquele momento. Estamos aqui para cumprir uma missão. E eu cumpri a minha".
A importância daquele fato na vida de Manoel pode ser medida em algumas extravagâncias. Ele guardou a via toda a moeda e o uniforme utilizados naquele inesquecível 19 de novembro de 69.
Fonte: Milton Neves |