O resultado fez o campeão paulista chegar à vice-liderança do Nacional, com oito pontos. O time de Campinas é o 12º colocado (cinco). O Santos volta a campo domingo, para disputar o clássico contra o Corinthians, às 16h, no Pacaembu. O Guarani, no mesmo dia e horário, recebe o São Paulo no estádio Brinco de Ouro, em Campinas.
Garotada dorme, e Bugre aparece
O Santos começou como se esperava. Logo aos dois minutos, em jogada construída por Ganso e Neymar, dois dos jogadores que se envolveram em polêmica por causa da balada na semana passada, abriu o placar. O meia, num daqueles seus lançamentos primorosos, achou o atacante que entrava livre pela esquerda. Neymar, que mudou o visual e misturou umas tranças ao seu moicano, dominou, foi para cima de Ailson, deu um corte para dentro e chutou fraco. A bola seria dominada tranquilamente pelo goleiro Doulas, mas desviou em Ailson e entrou.
Os meninos pareciam se redimir da insubordinação (eles foram até barrados e não jogaram contra o Atlético-GO, sábado passado). O Peixe golearia? Nada disso. Apenas impressão. A partir do gol, o Peixe passou a abusar. Dribles, chapéus (Ganso acertou dois lençóis) toques de letra. Mas nada muito produtivo. Quando retomava a bola, o Bugre partia à toda velocidade. Quem esperava Neymar bagunçando a defesa do Bugre, viu Mazola tirando os zagueiros santistas para dançar. Pará foi o que mais sofreu com as investidas do camisa 11 às suas costas.
O Santos até tinha espaços para atacar, mas o Guarani era quem criava as melhores chances. Aos 12, com Baiano em cobrança de falta que tirou tinta do travessão de Felipe, aos 13, com Mazola aparecendo livre por trás de Pará e obrigando o goleiro santista a praticar grande defesa. Aos 15, Mazola, de novo, costurou os zagueiros santistas e foi desarmado na hora H por Felipe.
Os santistas, dispersos, comportavam-se como se o jogo ainda não tivesse começado. Além de marcar muito mal, desperdiçavam passes nas saídas de bola. O gol do time campineiro era questão de tempo. E ele veio aos 37, numa cobrança de falta de Baiano, que acertou bom chute de direita no contrapé do goleiro Felipe, que demorou para ir na bola.
Peixe joga mal, mas aperta no fim e garante vitória
Nada mudou no segundo tempo. Os santistas dormindo e o Guarani dominando o jogo. Neymar, que só chamou a atenção por causa da novidade no corte de cabelo, chegou a ser vaiado. Improdutivo, o garoto estava mais preocupado em enfeitar as jogadas. Foi facilmente desarmado porque abusou demais.
Com Léo e Pará presos, o Santos insistia demais em jogadas pelo meio. Batia no muro verde e voltava. O Bugre, jogando com seriedade, marcando muito bem pelo meio e explorava bem as costas dos dois alas santistas e as falhas de marcação de Wesley pelo meio. O time campineiro, porém, embora tivesse a bola e o espaço necessários, só conseguiu ameaçar efetivamente pela primeira vez aos 23, num chute de Rodrigo Hefner, que obrigou Felipe a se esticar todo.
Vaiado pela primeira vez, Neymar foi substituído aos 29 minutos. A essa altura, o Santos estava acuado e o Guarani já fazia por merecer a virada.
No entanto, o Peixe resolveu acordar. Forçou um pouco mais o jogo pelas laterais, acertou os passes e chegou aos gols. Aos 41, Léo chegou à linha de fundo pela primeira fez e cruzou. Marcel mergulhou e marcou de cabeça o segundo gol. Dois minutos depois, André, que mal havia dominado a bola durante todo o jogo, recebeu na entrada da área e tocou na saída do goleiro, fechando o placar.
SANTOS 3 X 1 GUARANI
Felipe, Pará, Edu Dracena, Durval e Léo; Arouca, Wesley (Rodriguinho), Marquinhos (Zé Eduardo) e Paulo Henrique Ganso; Neymar (Marcel) e André. Técnico: Dorival Júnior
Douglas; Rodrigo Heffner, Fabão, Ailson e Márcio Careca; Renan, Baiano (Fabinho), Paulo Roberto e Preto (Heverton); Mazola (Ricardo Xavier) e Roger. Técnico: Vagner Mancini
Gols: Neymar, 2. Baiano, 37; Marcel, 41, André, 43 do segundo tempo
Cartões amarelos: Roger, Preto (Guarani), Léo, Pará, Edu Dracena (Santos)
Público e renda: 5.146 pagantes/R$ 143.715,00
Estádio: Vila Belmiro, em Santos. Data: 26/05/2010. Árbitro: Wilson Luiz Seneme (Fifa/SP). Auxiliares: Carlos Augusto Nogueira Júnior e Dante Mesquita Júnior (ambos de SP)
Fonte: Globo Esporte
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