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  20/04/2011 - Peixe confirma reação, vence Táchira e se classifica às oitavas de final
 

Pronto. Após sofrer sério risco de eliminação, de quase ver ruir um planejamento que começou no início do ano passado, com o surgimento de Paulo Henrique Ganso e Neymar e a repatriação de Elano, o Santos está nas oitavas de final da Taça Libertadores. A vitória por 3 a 1 sobre o Deportivo Táchira-VEN, nesta quarta-feira, no Pacaembu, consolidou a reação da equipe alvinegra, que começou com o triunfo por 2 a 1 sobre o Cerro Porteño-PAR, na quinta-feira passada, em Assunção.

A equipe alvinegra, porém, não conseguiu o primeiro lugar do grupo. Foi a 11 pontos, mas fica em segundo porque o Cerro supreendeu e venceu o Colo Colo, por 3 a 2, de virada, no Chile. Os paraguaios também têm 11, mas terminam com melhor saldo de gols (5 a 3). O Peixe agora aguarda o fim da rodada para saber quem enfrentará nas oitavas.

Um recital muito bem ensaiado

O que fazer quando se enfrenta Neymar, Ganso, Danilo, todos inspirados, rápidos, trocando de posições numa velocidade estonteante? Se Neymar para, Danilo encosta. Se Danilo fica, Ganso aparece. Se se fecha o meio, Jonathan, pela direita, e Léo, pela esquerda, entram livres. Tudo muito bem coordenado, afinado. Um recital. A missão do Deportivo Táchira era realmente difícil. E se tornou impossível logo aos 4 minutos de jogo. Num ritmo impressionante, o Santos desmontou as duas linhas defensivas da equipe venezuelana e abriu o placar. Léo desceu pela esquerda e tocou para Danilo, que fez o corta-luz e deixou a bola passar para Neymar. O camisa 11 recebeu e, com um toque caprichado, acertou o canto direito do goleiro Sunhouse. Na comemoração, ele voltou a usar máscara, como contra o Colo Colo-CHI. Dessa vez, porém, para não levar cartão, ele usou os dedos.

A torcida santista que lotou o Pacaembu explodiu. Não houve sofrimento, unhas roídas, apreensão. O Santos mandava na partida, com marcação sólida e trocas de passes corretas no meio de campo. Não era incomodado. Na frente, Neymar esbanjava seu repertório. Solista principal, ele deu chapéus, dribles, toques de calcanhar. Arriscou até uma bicicleta. Só abusou um pouco na hora de cavar faltas. O árbitro não caiu na dele.

Aos 13, saiu o segundo gol, em mais uma jogada perfeitamente coordenada. Ganso, com o peito, escorou para Danilo, que achou Jonathan entrando livre pela direita. O ala invadiu a área e mandou uma bomba de pé direito, quase sem ângulo. O chute certeiro entrou no ângulo direito alto.

Estava resolvida a partida. A não por um chute perigoso de Herrera, aos 12 minutos, que obrigou Rafael a espalmar, o Peixe não foi ameaçado. Tanto que diminuiu o ritmo, mas sem perder o comando do confronto. O terceiro quase saiu aos 43, quando Elano cobrou escanteio da direita e Durval parou no ar para escorar de cabeça. Sunhouse deu rebote, que Dracena completou. A bola bateu novamente no goleiro e saiu. Tudo isso dentro da pequena área.

Após susto, Danilo define

O Santos diminuiu muito o seu ritmo no segundo tempo. Nada daqueles passes rápidos, daquela troca constante de posições como aconteceu no primeiro tempo. Elano errava muitos passes, dando a bola para o Táchira criar. Ganso também já não conseguia coordenar as jogadas. Dessa forma, Neymar e Zé Eduardo ficaram isolados na frente.

Aos poucos, o time venezuelano foi se assanhando. Aos 17 minutos, Chacón cobrou escanteio na cabeça de Moreno. O grandalhão zagueiro foi lá no alto e escorou sozinho. Rafael se esticou todo e operou um milagre, tirando a bola que entraria no ângulo esquerdo. Esse lance não serviu para acordar o Santos. Precisou Chacón, aos 24, acertar um grande chute em cobrança de falta, diminuindo a vantagem santista, para que a equipe alvinegra acordasse.

No lance seguinte, aos 27, Neymar arrancou pela esquerda, fez fila invadindo a área. Ele cruzou da esquerda para Zé Eduardo, que entrava sozinho. Era só empurrar. Um toque simples, como nas primeiras lições da escolinha. Pois Zé se atrapalhou todo e conseguiu furar. No entanto, ele se recuperou e tocou para Danilo, que vinha de trás. O volante mostrou como se faz. De chapa, rasteiro, fez o terceiro.

SANTOS 3 X 1 DEPORTIVO TÁCHIRA-VEN

Rafael, Jonathan, Edu Dracena, Durval e Léo; Arouca, Danilo, Elano (Adriano) e Paulo Henrique Ganso (Pará); Neymar e Zé Eduardo (Maikon Leite) Sanhouse, Rouga, Zafra, Moreno e Chacón; Yequez, Fernández, Guerrero (Del Valle) e Hernández (Gutiérrez); Herrera e Pérez Greco (Parra)
Técnico: Muricy Ramalho Técnico: Jorge Luis Pinto
Gols: Neymar, aos 4, Jonathan, aos 13 do primeiro tempo; Chacón, 24, Danilo, 27
Cartões amarelos: Yequez, Zafra, Fernández, Rouga (Táchira)
Local: Pacaembu, em São Paulo. Data: 20/4/2011. Árbitro: Nestor Pitana (ARG). Auxiliares: Gustavo Esquível (ARG) e Diego Bonfa (ARG). Público e renda: 36.091 pagantes/R$ 1.327.265,00

Fonte: Globo Esporte

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