Apertou, eu venho aqui", disse o atacante Ronaldo, ao entrar na sala de imprensa do Centro de Treinamentos Joaquim Grava de maneira sorridente nesta quinta-feira. "Vamos lá, comecem o bombardeio", anunciou, antes de conceder entrevista coletiva. Sem jogar desde 8 de setembro, o Fenômeno tentou mais uma vez ajudar o Corinthians como um 'bombeiro', disposto a apagar o "incêndio" da equipe, que não vence há seis jogos no Campeonato Brasileiro.

"Minha vontade de dar essa entrevista é zero. Me obrigaram a vir aqui. Acho que ninguém mais quis falar", afirmou o jogador, arrancando risos dos presentes. "Estou aqui para isso também: para apagar o fogo e resolver problemas. Não pude contribuir da melhor maneira ultimamente, mas a partir de domingo estarei à disposição para reverter essa situação", disse o Fenômeno, que retorna aos gramados em partida contra o Guarani, fora de casa.

"Pela minha história, prefiro que batam em mim do que em meus companheiros. Essa proteção eu me sinto na obrigação de fazer, uma vez que não estou ajudando dentro de campo. Crises acontecem com muitos clubes. Tem time grande lutando contra o rebaixamento e, aparentemente, (a crise) não é tão grande quanto uma fase como essa do Corinthians", continuou o jogador, minimizando o tamanho das mazelas alvinegras.

Fato é que ninguém - nem mesmo o 'bombeiro' Ronaldo - conseguiu encontrar os problemas do Corinthians, que perdeu a liderança do Campeonato Brasileiro, caiu para a terceira colocação e já vê sua vaga na próxima Copa Libertadores ameaçada. "Não tem fórmula mágica para saber o que está causando os problemas, senão seria fácil voltar ao normal. É uma fase que temos que encarar trabalhando e jogando", apontou o jogador, que ainda negou brigas internas.

"O nosso convívio era igual quando ganhamos o Paulistão do ano passado e a Copa do Brasil. A amizade entre os jogadores é a mesma, está tudo igual. Fora de campo é bom ter um convívio, uma boa relação, mas isso nós já temos. Precisamos transmitir isso para dentro de campo", complementou o jogador, a grande esperança da Fiel na busca pelo título do Campeonato Brasileiro, o único ainda possível no ano em que o clube completa 100 anos de existência.

O "bombeiro" do Timão ainda se divertiu ao final da coletiva, quando recebeu uma caixa de bombas ninjas de uma equipe do programa CQC, da Bandeirantes. "Funciona? Se funcionar, eu sumo agora", riu Ronaldo, que atirou a primeira sem sucesso. O segundo artefato explodiu e o jogador aproveitou para encerrar a entrevista, enquanto os presentes corriam do forte odor.

Fonte: Gazeta Esportiva