Durante o Campeonato Paulista, o atacante Neymar ganhou a fama de “cai-cai”. Desde então, os adversários reclamam que não se pode encostar no garoto santista que ele desaba no campo. Para o técnico Dorival Júnior, do Peixe, esse rótulo, que considera injusto, colou e o jogador tem sofrido por isso.
Neymar é o terceiro no ranking dos mais caçados neste Brasileirão. Sofreu 68 faltas. Kléber, do Palmeiras, é o que mais apanha, 83. Herrera, do Botafogo, vem em seguida, 71. Na média, porém, o santista fica em segundo lugar, com média de 4,53 faltas sofridas por jogo, atrás apenas de Kléber, 5,19. Revoltado com a dura marcação, Neymar saiu do sério contra o Ceará, domingo passado.
Para Dorival, o número de faltas sofridas por Neymar deveria ser muito maior. Ele acusa os árbitros de fazerem vistas grossas, deixando de assinalar muitos trancos ilegais em cima do camisa 11.
- Quando se criou o estigma do “cai-cai”, a arbitragem passou a fechar os olhos. Não marcam faltas claras e ignoram até jogadas desleais, passíveis de cartão amarelo. Se o Neymar simular, que leve o amarelo. Se reincidir, o vermelho. Agora, quando é falta nele, tem de marcar - pede o treinador.
Mimado, não
O comandante santista aproveitou para negar que o prodígio tenha tratamento privilegiado no clube e que seus erros sejam mais tolerados que os dos outros. Ele garante que dá broncas no garoto quando ele abusa, como nos chapéus que gosta de aplicar nos adversários quando a bola está parada.
- Ele não é mimado. É tratado como profissional. Por sua capacidade, ele provoca algumas reações. Algumas delas, com razão. E quando isso acontece, eu chamo a atenção, oriento. Agora, não é por causa disso que vamos ignorar os lances em que ele é vítima de violência. E são muitos.
Fonte: Globo Esporte |