empatou o jogo, ele fez os dois gols da virada santista no Ramalhão.
A equipe do ABC marcou o segundo com Rodriguinho no final do segundo tempo, mas a vitória no primeiro duelo da decisão foi do Santos. Agora, as duas equipes voltam a se enfrentar no próximo domingo, dia 2 de maio, novamente no estádio do Pacaembu. O Santos pode perder por um de diferença que fica com o título paulista.
Nesse duelo, por sinal, Wesley não estará em campo. No jogo desta tarde, ele levou o terceiro cartão amarelo e está suspenso para a grande decisão.
Cadê Neymar?
Antes da partida, a festa parecia ser apenas do Santos. Começou nos arredores do Pacaembu. As faixas de campeão, vendidas a R$ 10, eram o indício da confiança do torcedor santista. Dentro do estádio, com mais de 31 mil pagantes, o clima era igual. Até mesmo o presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro entrou na onda.
Do camarote da Federação Paulista de Futebol, ele acenou para a torcida, que correspondeu eufórica. Não satisfeito, o mandatário desceu para as numeradas e fez dela o seu palanque, acenando e juntando as mãos acima da cabeça, como se comemorasse uma vitória. Só que dentro de campo, a história foi outra.
E pode ter sido outra porque Neymar estava irreconhecível. Aos seis minutos de jogo, o atacante do Peixe tomou uma pancada de Rômulo no tornozelo esquerdo. Atendido fora do gramado, o garoto não retornou bem. Mancando, ele demorou a pegar ritmo novamente. Mas quando voltou a correr, estava visivelmente incomodado.
Bem diferente do Santo André. A equipe do ABC ignorou a pressão que vinha da arquibancada e ficou à vontade, como mandante que era da partida. As chances de gol para o Ramalhão foram muitas, mas saiu dos pés de Bruno César, jogador que está na mira do Corinthians, o gol que confirmou a superioridade do time azul.
Após 34 minutos, o meia cobrou falta com perfeição no canto direito de Felipe e levou à loucura a torcida andreense e o banco de reservas da equipe. Aos 45, o atacante Nunes ainda perdeu uma chance incrível de ampliar o marcador.
Coadjuvante em tarde de estrela
Realmente Neymar não estava bem. O garoto não voltou para o segundo tempo. Segundo o técnico Dorival Júnior por conta de um problema no olho direito e também por causa de dores no tornozelo esquerdo, aquele da pancada. André entrou em seu lugar. E em 30 segundos fez mais que o colega. Deu um chute que Júlio César pegou.
- O departamento médico avaliou e ele não tinha condições de jogo. Está com um problema no olho direito e não estava enxergando a bola. E tem também um problema no pé – explicou o comandante do Peixe, a caminho do banco de reservas.
A ausência de Neymar nem foi sentida pelo torcedor. O artilheiro André tratou de acabar com a insegurança dos santistas. Aos 13 minutos, após excelente jogada de Ganso pela esquerda, ele recebeu cruzamento e marcou de cabeça.
Mas o título de “o cara da primeira final” seria de um jogador pouco badalado perto das estrelas Ganso, Neymar e Robinho: o meia Wesley. Foram dele os dois gols seguintes do Peixe. Aqueles que marcaram a virada e que devolveram aos torcedores a confiança vista nos arredores do Pacaembu antes do duelo.
Aos 16, após lançamento de Robinho, ele tocou na saída do goleiro Júlio César. Mais tarde, aos 24, o meia recebeu ótimo passo de Pará e chutou forte para ampliar. Foi a senha para a torcida do Santos voltar a viver a sua rotina. Empolgada, aos 27 minutos ela pediu “mais um, mais um”. E em seguida, viu Wesley pedir vibração. Um herói.
O Santo André, porém, foi guerreiro. Recuperou-se do abatimento da virada e conseguiu diminuir aos 37, com Rodriguinho, mantendo o Ramalhão na briga.
Fonte: Globo Esporte |