O médico Carlos Braga explicou nesta quarta-feira a situação do atacante Maikon Leite, que passou por uma artroscopia no joelho direito, realizada pelo médico Joaquim Grava. Segundo o chefe do Departamento Médico do clube, a lesão responsável pela operação do avante demorou para ser diagnosticada.

De acordo com Braga, a contusão no ligamento cruzado anterior do joelho não tem relação com a lesão sofrida por Maikon Leite no jogo contra o Atlético-MG, domingo, na Vila Belmiro. Por isso, inicialmente a operação havia sido descartada, com base na contusão do duelo com o Galo. No entanto, após um exame mais completo com o médico Joaquim Grava, ambos concordaram que Maikon Leite teria que passar por uma nova intervenção cirúrgica.

"A pancada que ele recebeu domingo em nada contribuiu para o agravamento dessa situação. Era um problema de ligamento antigo que, em algum momento, mais cedo ou mais tarde, ele poderia romper", comentou Carlos Braga.

Segundo o médico alvinegro, que ficou surpreso com a necessidade da cirurgia, esta operação foi uma medida preventiva. "Como ele tem muitos parafusos da outra cirurgia, a ressonância só apresentou um borrão. Além disso, o Maikon Leite não apresentava sintomas de problemas ligamentar, nem dor. Ele levou uma pancada forte domingo, e aquilo acarretou apenas no trauma muscular. Em um exame que detalha toda a articulação, percebemos que havia esse problema", contou Braga, antes de explicar o que foi feito no joelho do atacante santista.

"O Grava refez o ligamento através do tendão patelar, que substitui o ligamento que estava prestes a romper. Foi uma conduta preventiva, o Joaquim (Grava) olhou todo joelho com artroscopia, daí pudemos fazer um diagnóstico definitivo, com uma avaliação total do local", detalhou.

Com relação ao tempo de recuperação de Maikon Leite, Carlos Braga disse que não haverá precipitação no tratamento. A princípio, a recuperação do jogador irá acontecer num prazo de seis meses para que o avante possa voltar a jogar futebol. Ou seja, Maikon só irá voltar aos gramados em 2010.

"Sou muito contrário ao retorno precoce de atletas. Aqui no Santos, nós seguimos o padrão americano de tratamento, que diz que o ligamento não fica integrado ao joelho, com menos de cinco meses. Por conta disso, serão necessários de cinco a seis meses de recuperação", encerrou.

Fonte: Gazeta Esportiva