Jogo duro
Um primeiro tempo duro de assistir. O Santos dominou a posse de bola, alugou o meio-de-campo (até o zagueiro Fabiano Eller bancava o meia), mas, muito lento, não conseguia furar o bloqueio do Rio Branco, que mesmo precisando vencer, ficava todo atrás, esperando uma brecha para raros contra-ataques. A dupla Neymar e Kléber Pereira não chegou a trocar nenhum passe em toda a primeira etapa.
A estratégia do time visitante por pouco não dá certo. Com o Santos todo adiantado, surgiam alguns espaços para o Rio Branco investir, sempre com o meia Testinha, que acabou desperdiçando duas boas chances, aos 12 e aos 17. Na primeira, ele chutou, a bola desviou em Fabiano Eller e sobrou para Fábio Costa encaixar. Na segunda, o camisa 10 do time acreano mandou por cima.
Carecendo de criatividade (Lucio Flavio errava muitos passes), o Santos continuava insistindo, só que mais em jogadas individuais do que em trabalho coletivo. Na única troca de passes que o time acertou, Kléber Pereira quase balançou as redes. Aos 16, Luizinho desceu pela direita e cruzou à meia-altura no primeiro pau. Kléber se antecipou à marcação e desviou. O goleiro André defendeu.
No mais, muita correria, algumas faltas pesadas e nada de emoção.
Peixe acorda e goleia
O Santos voltou do intervalo acordado. Jogando com mais velocidade, abriu o placar aos 14 minutos, em linda jogada do garoto Neymar. Ele recebeu de Madson, invadiu a área, livrou-se da marcação e chutou rasteiro, de pé direito, no canto esquerdo.
Estava aberta a porteira. O Rio Branco pregou, e o Peixe aproveitou para resolver a partida. Aos 17, Pará desceu em velocidade pela direita e cruzou para trás. Lucio Flavio chutou colocado e acertou o canto direito para marcar o seu primeiro gol com a camisa santista.
O Peixe continuava em cima, e Kléber Pereira, com a camisa 100, em comemoração ao seu 100º jogo pelo time, tinha atuação apagada. Até que surgiu a chance para se redimir. Aos 23, Lucio Flavio sofreu pênalti. O artilheiro bateu, mas acertou a trave. No rebote, Germano marcou de fora da área, limpando a barra de Kléber.
O jogo estava fácil, e Neymar aprontava das suas, dando dribles desconcertantes em seus marcadores. Até que, aos 29, Caimmy perdeu a esportiva e acertou o rosto do garoto. Acabou expulso.
Neymar ainda daria um presente para Kléber Pereira, até então sumido. Aos 41, o garoto passou fácil pela marcação e cruzou na cabeça do artilheiro, que só escorou. A bola passou por baixo do goleiro.
Fábio Costa, que só assistia à partida, teve sua chance de mostrar serviço aos 44. Fabão cortou cruzamento de Ismael com a mão. O árbitro assinalou pênalti. O zagueiro Fábio Silva bateu de pé esquerdo, à meia altura. O goleiro do Peixe espalmou, evitando o gol de honra do time acreano.
Fonte: Globo Esporte
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