O Santos confirmou o que já vinha sendo especulado há dias e mudou de lado no racha político do futebol. Depois de compor a comissão de TV e dizer que prezava pela união, o clube da Vila Belmiro anunciou, em seu site oficial, que vai negociar seus direitos de transmissão separadamente com as emissoras, longe do Clube dos 13.
“O Santos FC vem a público informar que diante das modificações ocorridas na negociação sobre os direitos de transmissão televisiva do Campeonato Brasileiro, em função da impossibilidade de negociação em bloco e da ausência de uma das emissoras, que formalmente declinou da participação, as premissas da concorrência foram claramente alteradas e já não faz sentido a sua implantação”, disse o clube, em nota oficial.
A tomada de postura santista havia sido comunicada à direção do Clube dos 13 em uma reunião na última terça-feira. Segundo Ricardo Perrone, blogueiro do UOL Esporte, Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro, presidente do Santos, ouviu um pedido de paciência da entidade.
Nesta quarta, porém, o Santos expôs sua nova postura. O clube não irá desfiliar-se do Clube dos 13, assim como todos os outros dissidentes, exceto o Corinthians. Luís Álvaro, no entanto, pediu para deixar a comissão de TV da entidade, que montou todo o edital de licitação e da qual fez parte desde o início.
Com a saída do Santos, a entidade presidida por Fábio Koff fica ainda mais ameaçada. Agora já são dez os “dissidentes”. Além do Santos, Corinthians, Flamengo, Fluminense, Botafogo, Vasco, Coritiba, Cruzeiro, Grêmio e Palmeiras compõem o grupo, que ignora o edital de licitação lançado pelo C13 na semana passada.
O documento trata apenas da TV aberta e exige, entre outras coisas, uma proposta inicial de R$ 500 milhões das emissoras interessadas. Além de reclamar do preço, a Globo também se incomoda com outras exigências do C13 e, por isso, anunciou que negociará diretamente dos clubes.
Fonte: Uol Esporte |