Fatores extracampo atrapalham desempenho do time da Vila desde a saída de Robinho

Futebol vistoso, com belas jogadas e muita movimentação. Esse tipo de atuação, comum para o Santos no início do ano, não acontece desde 19 de maio, quando o Peixe bateu o Grêmio, por 3 a 1, na partida que definiu a ida da equipe às finais da Copa do Brasil.

E o que a equipe tinha naquela ocasião que fazia tanta diferença para o que se vê hoje? Robinho.

-É um jogador que dispensa comentários. Está na Seleção por méritos. Vai fazer falta – previa o lateral-esquerdo Léo, logo após a convocação do atacante para a disputa da Copa do Mundo na África.

- Ele faz falta. Não só pela experiência, mas também pela qualidade que tem. Mas temos jogadores à altura para suprir a ausência dele – ponderou André, antes do clássico contra o Corinthians.

Os dois estavam certos sobre a falta que Robinho faria, mas o centroavante se enganou ao dizer que o Peixe tem jogadores para substituí-lo à altura. Isso porque desde que o Rei do Drible se apresentou à Seleção, o Santos fez quatro jogos e não rendeu como antes.

Apesar de os resultados não serem tão ruins, o próprio técnico Dorival Júnior admite que o rendimento do time caiu. Contra Atlético Goianiense (2 a 1) e Guarani (3 a 1), vitórias sem brilho (diante do Bugre, o triunfo veio depois dos 40 minutos do segundo tempo). Depois, derrota para o Corinthians e empate sem gols com o Cruzeiro.

Se os números nesses jogos não são tão desfavoráveis, o panorama geral do Peixe sem Robinho comprova que a equipe perde muito quando o atacante não joga. Sem o craque, o Santos tem aproveitamento e número de gols marcados (tanto em quantidade, como em média) piores do que com ele em campo (ver quadro abaixo).

Como se não bastasse, depois que o Rei do Drible foi vestir a Amarelinha, fatores extracampo ganharam mais importância do que o futebol apresentado. Primeiro, Neymar, Paulo Henrique, André e Madson foram punidos por indisciplina. Depois, Edu Dracena reclamou publicamente de Dorival.

Provavelmente, Robinho não ficará no Santos após a Copa. Baseado na experiência da equipe sem ele, o panorama não é animador.

Sonho perto do fim?

Empréstimo
Robinho foi contratado pelo Santos, por empréstimo, junto ao Manchester City (ING). O vínculo vai até 4 de agosto, data da segunda partida da final da Copa do Brasil, em que o Peixe enfrentará o Vitória (BA) pelo título inédito.

Fica?
O jogador já declarou publicamente que gostaria de ficar no Santos. No próximo dia 20, Evandro Souza (assessor) e Gilvan de Souza (pai) vão a Manchester para iniciar as tratativas.

Fonte: Lancenet