
Considerado o time da moda no Brasil neste ano, o Santos vem colhendo frutos da superexposição na mídia. Só com patrocínios de uniforme, o Alvinegro Praiano vai arrecadar, neste ano, R$ 22 milhões, quase cinco vezes mais que no ano passado. No entanto, essa popularidade também tem causado muitos transtornos e quem está sofrendo são os sócios do Peixe. Está havendo overbooking em jogos na Vila Belmiro.
Desde a eleição do atual presidente alvinegro, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, o Peixe ganhou três mil novos associados. Normalmente, os alvinegros de carteirinha têm acesso ao estádio nos dias de jogos passando seus cartões pelas catracas. A cobrança é feita posteriormente, via boleto bancário. No jogo contra o Atlético-MG, quarta-feira passada, pelas quartas de final da Copa do Brasil, muitos sócios ficaram do lado de fora, pois as cadeiras já estavam ocupadas quando eles chegaram ao estádio.
Está circulando pela internet, em fóruns de discussão e Twitter, muitas reclamações de sócios santistas. Hoje, o clube conta com 30 mil sócios registrados e a Vila Belmiro só tem capacidade para cerca de 16 mil pessoas (o estádio ‘encolheu’ porque foram instaladas cadeiras em quase todos os setores). Contra o Galo, foram colocados à venda 15.500 ingressos. Sendo que 500 são destinados a um patrocinador. O setor vip, que é ocupado por clientes de uma determinada bandeira de cartão de crédito, tem capacidade para 2 mil pessoas. Foram seis mil bilhetes de arquibancadas (destinadas a torcedores comuns), sobrando, assim, sete mil lugares para sócios.
- Ficou claro que, para atender a essa demanda, teremos de implementar um sistema de reserva antecipada de ingressos para nossos associados. Estamos trabalhando em um novo sistema para viabilizar isso o mais rápido possível. Além disso, a tendência será fechar todo o estádio apenas para sócios - explica o coordenador de comunicação do Santos, Arnaldo Hase.
Há ainda outras duas soluções, essas mais a longo prazo: a ampliação da Vila Belmiro ou a construção de um novo estádio. Segundo o presidente santista, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, a segunda hipótese, que parecia remota, avançou nas últimas semanas.
- Temos conversas entabuladas sobre o assunto. Fiquei surpreso com o modo como a coisa evoluiu rapidamente. Ter um novo estádio para o Santos não é algo improvável como se pensava - afirmou o dirigente, que prefere ainda não dar detalhes.
A ampliação da Vila Belmiro, por outro lado, é complicada porque a única alternativa seria crescer o estádio sem invadir as estreitas ruas ao redor do estádio. Desapropriar casas em volta tornaria os custos impraticáveis para o clube. Já a construção de um novo estádio seria bancada por investidores, que utilizariam a arena em outros eventos para obter retorno.
Fonte: Globo Esporte
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