Fred Monteiro, Fernanda Garcia, Edney Batista também marcaram presença no festival ao lado de ciclistas de longa distância, como Cláudio Clarindo e Júlio Paterlini.
O esporte adaptado esteve representado por nomes como Paulo Aagaard, o Pauê, único triatleta e surfista biamputado, Eliziário dos Santos, o Motorzinho, primeiro cadeirante da América Latina a completar o Ironman, e os também cadeirantes destaques nas corridas, Jaciel Paulino, Fernando Aranha e Carlos Neves de Souza. Reunidos em equipes, os participantes se revezaram para completar 600 metros de natação, 16 km de ciclismo e quatro de corrida pela orla.
CARO
Vítimas de poliomielite, os ciclistas paraolímpicos Jaciel Paulino, de 36 anos, e Carlos Neves, de 34, aproveitaram o Pererê para treinar puxado em busca de resultados na 1ª etapa do Campeonato Brasileiro do esporte, em Fortaleza, programada para o mês de maio.
Ambos sabem bem a dificuldade que é adquirir os equipamentos necessários para competir. Não sai por menos de R$ 6 mil uma handcycle (bicicleta impulsionada pelas mãos) norte-americana. "Poderia custar bem menos, mas temos que pagar as taxas de importação", comenta Paulino. "E o modelo brasileiro, não tão bom em performance, sai pelo mesmo preço", explica Nunes. No caso das próteses, os custos são ainda maiores. "Nem sempre é a mesma que se usa para andar. E cada uma (membro inferior) sai por R$ 25 mil cada", contabiliza Pauê.
Rivaldo encara desafio de ajudar outros paratletas
Rivaldo Martins é o idealizador do Projeto Atletas Pererê. Triatleta amputado (uma perna), Martins vivenciou toda a dificuldade que um paratleta encontra na busca de um equipamento ideal.
Entre os dez melhores do ranking do triatlo regular em 1986, Martins sofreu um acidente automobilístico em Brasília, onde morava, quando treinava para o Ironman do Havaí.
Três meses depois de sair do hospital e já com uma prótese, ele tentou correr. Teve que fazer rifas, contar com a ajuda de amigos para conseguir uma prótese melhor e o sonho do Ironman no Havaí foi conquistado em 2001, exatos 15 anos após o acidente.
Após tantos sacrifícios para chegar ao equipamento ideal para a prática esportiva, Martins decidiu encarar o desafio de ajudar outros paratletas e conseguir os equipamentos que precisam.
A expectativa do Projeto Atletas Pererê é levantar R$ 800 mil em incentivos epatrocínios até setembro.
"Aceitamos a inscrição de paratletas de todo o País que competem e precisam desse apoio", revela o idealizador do Pererê, que se baseou em projeto idêntico existente nos Estados Unidos.
Martins explica que o esforço do Pererê é todo destinado à doação dos equipamentos a atletas de todo o País. Quem quiser conhecer mais sobre o Projeto Pererê pode acessar o site do projeto na internet, no endereço www.atletasperere.com.br ou pelo telefone (11) 3711-2219.
Fonte: Jornal A Tribuna |