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  16/09/2010 - Verba, elenco e até ambulância: Copa do Brasil feminina pede ajuda
 

Tudo pronto para o apito inicial do jogo entre Mixto (MT) e Gênus (RO). O árbitro faz a ronda final de conferências. Rede, ok. Uniformes, ok. Ambulância... sumiu. Resultado: o jogo do Centro-Oeste precisa ser transferido. Enquanto isso, no Nordeste, o Botafogo-PB coloca anúncios nos jornais locais pedindo dinheiro para que as jogadoras não tenham que pendurar as chuteiras antes do tempo. Já no Sul, as atletas se dividem entre o gramado e a quadra de futsal, com partidas em dias seguidos. Essas e outras situações ilustraram a primeira fase da Copa do Brasil feminina de 2010, que conhece os classificados às quartas de final nesta quinta-feira. É o panorama de uma modalidade que ainda luta para deixar de ter características de amadora no país do futebol.

Falta menos de um ano para a Copa do Mundo feminina. Vice-campeão na última edição, o Brasil buscará uma das duas vagas por meio do Sul-Americano, daqui a pouco mais de um mês. Com as folhas do calendário correndo nas mãos, o técnico da Seleção, Kleiton Leite, trabalha com 90% das convocadas envolvidas na Copa do Brasil para manter a hegemonia na competição continental e buscar o pentacampeonato no Equador, a partir de 28 de outubro. O treinador reconhece que o cenário brasileiro ainda não é o ideal para facilitar a sua tarefa, mas acredita que a manutenção da Copa do Brasil é a única maneira de permanecer vivo o sonho de jogadoras do interior do país de vestirem a amarelinha na Alemanha, em 2011.

- Estamos entrando no quarto ano da competição. Ela é importantíssima para revelar atletas de todos os cantos do Brasil. Dá condição de observar meninas que nunca seriam observadas se não fosse por ela. Mas ela sozinha não se basta. A tendência é termos um Brasileiro, no formato do masculino, porém mais enxuto. Mas precisamos da ajuda dos clubes, principalmente os de camisa. Eles têm que abrir as portas para os times femininos. Dizem que não têm dinheiro, mas também não criam um departamento para a modalidade nem vão atrás de patrocínio.

Jogo em Guaíba dá renda de R$ 105

Procurar alguém que possa aumentar a verba do time foi exatamente o que fez o Botafogo-PB. Os nordestinos, que perderam suas partidas de goleada na última Copa do Brasil, voltaram para a temporada 2010 reforçados e surpreenderam os torcedores, chegando às oitavas de final e vencendo o primeiro jogo contra o octacampeão baiano, São Francisco, por 2 a 1. A boa fase, no entanto, não mudou a condição financeira. Com medo de que a equipe não conseguisse terminar o campeonato por falta de pagamento das despesas dos jogos, o diretor de futebol Oddo Villar tomou uma decisão: colocou anúncios em jornais locais pedindo colaborações dos torcedores.

"Ainda não deu muito resultado. As pessoas batem palmas, parabenizam, mas, na hora de ajudar mesmo, nada. Sei que é uma categoria que está começando agora aqui, mas já fomos melhores do que o masculino na Copa do Brasil. Nossos gastos por partida giram em torno de R$ 5 mil. Se dermos sorte e conseguirmos colocar 100 pagantes no estádio, tiramos um lucro de só R$ 240. É muito sacrificante. Tenho medo de não poder honrar a palavra e ser obrigado a deixar de pagar a taxa de arbitragem, por exemplo, o que nos eliminaria do campeonato - afirmou o dirigente.

A maior renda da Copa do Brasil em 2010 foi registrada há uma semana. Tiradentes e Vitória levaram 1.017 pagantes ao estádio em Teresina, o que garantiu R$ 5.385, de acordo com registros oficiais da CBF. No entanto, essa não é a realidade do campeonato. Há jogos como Guaíba x Foz do Iguaçu, que, mesmo com ingresso a R$ 3, contou com apenas 35 pessoas passando pelas bilheterias da cidade gaúcha, somando irrisórios R$ 105 para os cofres.

A dificuldade financeira entra em campo também. Em Santa Catarina, as jogadoras do Kindermann precisam se dividir entre os gramados do futebol de campo e as quadras de futsal. Com o calendário espremido para poder ceder atletas à Seleção na disputa do Sul-Americano, as datas da Copa do Brasil em setembro coincidiram com as da Liga Futsal. Com isso, o time, que disputa as duas competições, precisa lidar com a rotina de uma sequência de jogos desgastante.

- É uma correria que se reflete em campo. É uma coisa além da parte física, é mental. Imagina perder em um dia e no outro já estar bem psicologicamente para encarar outra competição, que não tem nada a ver com aquela. Como exemplo, elas jogaram futsal na segunda e na terça em Brusque, viajaram na quarta para o jogo de quinta (hoje) e na sexta voltam para lá para a disputa das finais na sexta e sábado. É muito difícil - contou a zagueira Marina, uma das poucas a não fazer a jornada dupla.

Prática do improviso não dá certo em Mato Grosso

Em Cuiabá é a falha no planejamento que atrapalha o futebol feminino. Alguns erros causam até situações constrangedoras para o Mixto. O time teria de enfrentar o Gênus no dia 2 de setembro pela rodada de volta da Copa do Brasil. Porém, algo impedia o árbitro de dar o apito inicial: não havia uma ambulância no estádio, como determina regra da CBF. Para evitar a derrota por W.O., os dirigentes do clube ligaram minutos antes da partida para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do estado e solicitaram uma viatura naquele momento. O pedido foi negado.

- Eles nos enviaram um ofício dois dias antes do jogo solicitando uma ambulândia. Porém, não tínhamos estrutura para arrumar mão de obra com essa antecedência mínima. Respondemos informando da não viabilidade. Em cima da hora, ligaram e pediram de novo. Não sei confirmar se mentiram e falaram que havia alguém passando mal no estádio, só entendo que não posso deixar de atender à população de cerca de 100, 150 mil habitantes em função disso - explicou o diretor-geral da Samu do Mato Grosso, Dr. Daud Abdallah, revelando que soube também que os dirigentes solicitaram o serviço de empresas de saúde privadas.

A partida teve de ser transferida para quatro dias depois. Na nova data, o Mixto venceu por 3 a 0 e se classificou às oitavas de final.

Santos sente a ausência de Marta

Longe de Mato Grosso, o Santos convive com a ausência de Marta, melhor jogadora do mundo, que deixou a equipe no fim de 2009. Apesar de ter mantido o patrocínio para a nova temporada, o clube reconhece que a falta de um ídolo faz diferença, como diz a atacante Suzana.

- A Copa do Brasil é muito importante para a gente porque é o caminho para a Libertadores. Só que ainda faltam algumas coisas, como visibilidade maior e divulgação na mídia, e isso a Marta e a Cristiane traziam. Isso poderia ajudar a ter mais estrutura nos clubes e melhorar o nível da competição.

Responsável pela criação da Copa do Brasil, a CBF concorda com Suzana. O diretor de Comunicação Rodrigo Paiva lembrou da dificuldade de manter a competição e espera por dias melhores.

- A iniciativa da Copa do Brasil partiu da CBF, e nós somos o único provedor da competição. Damos passagem de ônibus e avião a partir de 700km, bancamos hospedagem e arbitragem, em um total de R$ 5 mil para despesas. Foi por conta da nossa iniciativa que chegou à quarta edição. Só que ajudaria mais se tivéssemos um retorno de mídia mais interessante. Isso chega com o tempo.

Fonte: Globo Esporte

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