Não vou ser demagogo e dizer que vou torcer contra a Seleção Brasileira.
Mas esse time do Dunga não é o que eu espero de um time verde e amarelo.
O Brasil não joga somente pelo título mundial. Defende um estilo de jogo, uma escola futebolística e tem que preservar a sua identidade nos gramados. Caracterizada pelo improviso, habilidade e a iniciativa.
Hoje, o time tupiniquim não busca suas raízes. Pratica um futebol pragmático, sem criatividade e mortal no contra-ataque.
Claro que é eficiente e pode muito bem conquistar o hexa.
Mas, se cairmos nesta armadilha repetiremos o feito do título de 1994.
Aquele do Parreira!
Sempre o citamos, mas não é a referência para nada.
Lembramos enviezadamente de Romário e Taffarel. E só!
Será que vale privar a alegria de manter a identidade para se escorar na tese do jogo “europeizado”, do tal futebol de resultado?
A Copa do Mundo é apenas o título que interessa?
Ter derrotas dignas faz parte e com isso serão construídas vitórias grandiosas, suadas e eternas.
A seleção não pode se acovardar por causa da pressão popular, da “proeminente” busca do título e a obsessiva cobrança em cima dos jogadores e comissão técnica.
Temos que ter a coragem de defender a nossa escola futebolística, aquilo que Leônidas, Zizinho, Pelé, Zagallo, Vavá, Garrinha, Amarildo, Sócrates, Zico e outros lutaram para construir.
Eu não esqueço da Seleção Brasileira de 1982, o time de Telê Santana.
Sou saudosista a ele.
Já o do capitão Dunga, em 1994, lembro e me aterrorizo.
Claro que mordo os botões ao refletir sobre o que é melhor.
E você, caro amigo, prefere o título a qualquer preço? Ou a manutenção da identidade do futebol brasileiro nas quatro linhas?
Reflita!
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