Ah torcedor, chegou mais uma Copa do Mundo.
Pela primeira vez no continente africano.
Prepare sua pata de coelho, a simpatia tradicional e se quiser, até uma saudável “macumbinha” para torcer para a Seleção Brasileira.
As ruas serão pintadas nas grandes capitais, camisas verde-amarelas serão vendidas a rodo...
E as bandeirinhas, hein? O país virará um mar verde, amarelo, azul e branco.
Prepare as lágrimas! Porque os comerciais de TV e jingles exaltando a fé do povo brasileiro na Copa serão veiculados e os seus olhos dificilmente não ficarão marejados.
Entrevistas com Araken, o “Show Man”, o gaúcho que foi em todos os jogos de 2002, o menino chorando da capa do JT, de 1982. E nas emissoras a cabo, o replay de todos os grandes jogos dos outros mundiais.
Teremos de agüentar a Fátima Bernades matando as saudades no ar, com o maridão Willian Bonner, e a Ana Paula Padrão, agora em outro canal, dando seus pitacos direto da África do Sul.
Mas lamento cortar seu entusiasmo.
Desta vez, não vai dar. O Brasil não será hexa.
Apesar do time do nosso técnico ser quase perfeito táticamente, certinho, de não errar quase em nada.
Mas faltará o improviso, o jogador fora de série, lamentaria Nélson Rodrigues:
- É a ausência do imponderável.
E não adianta xingar o Dunga.
Ele foi extremamente competente com aquilo que tem em mãos.
Convenhamos, ele surpreendeu!
E prepare o cotovelo! Acredito que nossos “hermanos” vão faturar esta.
Apesar de “Don” Diego Maradona.
E na final, uma espécie de reedição da “Guerra das Malvinas”, com os eternos rivais ingleses.
Ambos jogarão mais do que uma partida de futebol nesta possível final.
Destinos serão selados, heróis e vilões entrarão para a história.
E haverá um dilema.
Um mito pode virar “Deus” de vez .
Ou virará mais um tango “milongueiro”?
Maradona apostará sua história neste mundial africano.
Espanha e Holanda também serão excelentes coadjuvantes, sempre seguindo o lema “mexicano”: jogamos como nunca e perdemos como sempre.
Itália, Brasil, França e Alemanha farão seus papeis convencionais. Darão emoção a competição e aí, mais quatro anos de inferno buscando os culpados pelas desclassificações.
Mas não desanime. Será uma boa Copa do Mundo.
Um futebol bem jogado, objetivo, veloz e pouco tendencioso para a retranca.
Não acredite em surpresas.
Hoje, os surpreendidos no mundo da bola são sinônimos de incompetência.
Afinal, o que não falta hoje são informações.
Mas não fique triste meu camarada. O Mundial de 2014 será no Brasil.
E se prepare, porque daqui a quatro anos o Hexa não escapa.
É só imaginar um ataque com Alexandre Pato, Neymar, Ganso e Philipe Coutinho e os sonhos começam a galgar em gols inimagináveis.
E sem urubuzar, com essa história de "Maracanazzo", hein!!!
Inté.
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